Como a cultura de um povo se mantém e se reinventa ao longo das décadas? A resposta para essa pergunta é uma das motivações da produção do livro ‘Ucrânias do Brasil: 130 anos de cultura e tradição ucraniana’. A obra, que celebra os 130 anos da chegada dos primeiros imigrantes ucranianos em solo brasileiro, retrata de que maneira os ucranianos vindos nas três grandes ondas imigratórias construíram suas vidas em território, até então, desconhecido com base nas memórias culturais de sua terra natal. Com o passar dos dias e dos anos, esse processo foi ganhando uma nova roupagem que ora retirou ora acresceu elementos, diluindo-os numa nova realidade social em todas as suas nuances – linguística, religiosa, gastronômica, laboral – enfim, cultural.
O livro pretende, portanto, resgatar o processo histórico da imigração e – sobretudo – levar ao leitor os principais elementos culturais ucranianos que resistem no Brasil, mesmo depois de 130 anos da chegada dos primeiros grupos de famílias ucranianas ao país.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 01 – HISTÓRIAS DA IMIGRAÇÃO E SEU PROCESSO HISTÓRICO
Colônias pré-determinadas
Religiosidade
Entidades culturais
Ensino também é cultura
Revés com o Estado Novo
Perpetuação e adaptação cultural
CAPÍTULO 02 – AS TRADIÇÕES UCRANIANAS
Calendário
Natal
Páscoa
Ivana Kupala
Santo André (Kalyta)
Casamentos e rituais de passagem
Nascimento e morte
Danças
Canções
Culinária
CAPÍTULO 03 – OS PRIMEIROS IMIGRANTES E A CULTURA UCRANIANA
Primeiros relatos
Orgulho da religiosidade
Acordos religiosos
Expectativa frustrada
Lançados à própria sorte
Primeiros padres
Impressões de fora
Artesanato
O badalar do sino
CURIOSIDADE: Tragédias
CAPÍTULO 04 – A CULTURA NOS NOVOS TEMPOS – A SEGUNDA E A TERCEIRA ONDAS IMIGRATÓRIAS
Dança e música
Religiosidade e Celebrações
Ivana Kupala em Mallet
Idioma raro
Moema: mudanças do passado
E o futuro?
Associações Culturais
Alternativas tecnológicas
CAPÍTULO 05 – GLOSSÁRIO CULTURAL
REFERÊNCIAS
عن المؤلف
Diego Antonelli é jornalista formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e tem mestrado em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná. Atuou nos jornais Diário da Manhã e Jornal da Manhã, ambos de Ponta Grossa, no jornal Gazeta do Povo com a página semanal que o veículo mantinha sobre História. Produziu série de reportagens sobre os Pracinhas, sobre a Ferrovia Paranaguá-Curitiba e sobre a Guerra do Paraguai. Foi finalista do Prêmio Esso – Regional Sul, pela série de reportagens Império das Cinzas, escrita em parceria com o jornalista Mauri König. Com a mesma série, ganhou o prêmio Global Shining Light Award 2015. Em 2008, lançou seu primeiro livro – Em Domínio Russo. Em 2016, lançou a obra Paraná – Uma História. Participou, como coautor, do livro ‘Vindas – Histórias de Imigração’ e escreveu ainda ‘Jornal Voz do Paraná – Uma história de resistência’. Publicou ainda a obra TJPR -130 anos de História.
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Andreiv Choma é bacharel em direito formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR) e atualmente servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região. Membro atuante da comunidade ucraniana do Brasil, foi coreógrafo do Grupo Folclórico Ucraniano Spomen (Mallet, PR), onde exerce atualmente a função de diretor artístico; é dançarino e diretor cultural do Folclore Ucraniano Barvinok (Curitiba, PR) e vice-presidente da Sociedade Ucraniana do Brasil (Curitiba, PR). Idealizador do canal da internet TséFolk, ao longo dos anos vem pesquisando a história, a cultura e o folclore ucraniano. Em 2008 participou de curso de formação oferecido pelo Ministério da Cultura da Ucrânia, em Kyiv. Entre 2012 e 2013 estudou folclore ucraniano na Universidade de Alberta (Canadá), orientado pelo Professor Dr. Andriy Nahachewsky. É um dos idealizadores da Ivana Kupala Festyval’.
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Talita Seniuk é licenciada em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo e em Filosofia pela Universidade Metropolitana de Santos; pós-graduada em Metodologia do Ensino de História e Geografia pela Universidade Cesumar e em Ensino de Sociologia pela Universidade Cândido Mendes. Atualmente é Professora de História da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, colunista do Jornal Ucraniano Pracia (Праця) onde escreve a coluna Cultura Atemporal (Позачасовий Kультурний) sobre representantes da intelligentsia ucraniana que viveram entre os séculos XVIII e XX, colaboradora do blog ‘exílio-migração política’ (https://e-migracaopolitica.com) onde escreve sobre exilados ucranianos do período soviético.