Livro de Mágoas (ou Livro das Mágoas) é a primeira obra poética de Florbela Espanca editada. Saiu em Junho de 1919 em Lisboa pela Tipografia Maurício graças a Raul Proença, um intelectual e crítico literário conceituado e influente, que reconheceu o talento da jovem poetisa.
O livro, inicialmente nomeado Primeiros Passos, tinha por base onze poesias da coletânea Trocando Olhares. Florbela centra-se na temática da mágoa, da dor e da saudade, inserindo-se, desde o início da obra, num contexto decadentista. Abordando igualmente a temática do sonho, Florbela define para si um espaço poético único de comunicação entre os tristes e magoados.
Livro de Mágoas (ou Livro das Mágoas) é a primeira obra poética de Florbela Espanca editada. Saiu em Junho de 1919 em Lisboa pela Tipografia Maurício graças a Raul Proença, um intelectual e crítico literário conceituado e influente, que reconheceu o talento da jovem poetisa.
O livro, inicialmente nomeado Primeiros Passos, tinha por base onze poesias da coletânea Trocando Olhares. Florbela centra-se na temática da mágoa, da dor e da saudade, inserindo-se, desde o início da obra, num contexto decadentista. Abordando igualmente a temática do sonho, Florbela define para si um espaço poético único de comunicação entre os tristes e magoados.
عن المؤلف
Nascida em 8 de dezembro de 1894, na região do Alentejo, Florbela Espanca – cujo nome de batismo era Flor Bela Lobo – é fruto de uma relação extraconjugal entre João Espanca e Antônia da Conceição Lobo, que a registrou como ‘filha de um pai incógnito’. Com a morte prematura da mãe, passou a ser criada pelo pai e a esposa, Mariana do Carmo Toscano. O reconhecimento como filha legítima só veio após a morte da madrasta. Com 18 anos, Florbela iniciou o ensino secundário, sendo uma das primeiras mulheres a estudar, o que configurava um escândalo para a sociedade da época. Após se casar, a poeta decide voltar a estudar e ingressa a Faculdade de Direito de Lisboa – era uma das 14 mulheres entre 347 estudantes homens. Não foram apenas os estudos que tornaram Florbela uma mulher à frente do seu tempo. Em 1921, ela se apaixonou por António Guimarães e decide, então, pedir o divórcio a Alberto, primeiro marido (ela se divorciaria, depois, de Antônio também). Embora o ato tenha sido completamente condenado pela sociedade, Florbela não se importou; não queria seguir os mesmos passos da mãe, pois estava mais interessada em buscar a própria felicidade. Morreu aos 36 anos, de uma overdose de barbitúricos, deixando uma obra da mais alta qualidade literária.