Na alta sociedade da Inglaterra georgiana, os bailes e encontros entre jovens tornaram-se cada vez mais populares. As cinco filhas dos Bennet, família da baixa nobreza inglesa, estão em idade de se casar, e a Sra. Bennet pretende incentivá-las a encontrar um bom partido. Um dos caminhos para isso é frequentar a alta sociedade. Uma das filhas, Jane, tem uma beleza que atrai muitos pretendentes. O Sr. Bingley é um deles, e os sentimentos parecem mútuos.
Elizabeth, por sua vez, está decidida a não se casar sem amor. Durante um baile, ela conhece um homem misterioso que, muito rapidamente, a irrita… Amigo do charmoso Sr. Bingley, ele é, no entanto, seu oposto total, e Elizabeth o despreza… Trata-se do altivo Sr. Darcy, um dos homens mais ricos da Inglaterra, mas também um dos mais orgulhosos. Depois avaliar mal o charme da jovem, Darcy se apaixona por ela e travará uma longa luta interior entre o que seu coração dita e sua posição social. Como conseguirão superar seus preconceitos e silenciar seu orgulho para vivenciar o amor?
Publicado em 1813, Orgulho e preconceito é um dos maiores clássicos da literatura inglesa. Retratando a eterna história de amor entre a espirituosa senhorita Elizabeth Bennet e o sombrio Sr. Darcy, Jane Austen descreve muito bem o cotidiano da burguesia inglesa. E descreve maravilhosamente bem a história dos dois jovens que se querem, mas tentam colocar a razão acima do coração. Acompanhando suas aventuras, o leitor se prende à narrativa para saber como evolui esse relacionamento semelhante ao jogo de gato e rato.
عن المؤلف
Jane Austen – Em uma chuvosa quarta-feira de janeiro de 1813, Jane Austen (1775-1817) escreveu a sua irmã Cassandra contando que, naquela manhã, havia recebido seu ‘filho querido vindo de Londres’, na casa que elas compartilhavam na aldeia de Chawton, em Hampshire. O visitante era ‘inteligente, leve e cintilante’, indivíduo de quem – apesar de carecer de certa seriedade – Jane estava bastante orgulhosa e com o qual estava muito satisfeita. O filho em questão, é claro, não era uma pessoa, e sim um livro: uma cópia antecipada da primeira edição de Orgulho e preconceito.
Ela comemorou revezando com a mãe a leitura dos primeiros capítulos; sua única plateia, um vizinho pobre. Um acontecimento singelo, esse deve ter sido, naquela casa semiocupada. Originalmente escrito entre 1796 e 1797 (com o adequado título de First Impressions) e inspirado pelo cotidiano agitado no presbitério de seu pai (dos oito filhos, seis eram homens), Orgulho e preconceito reflete a rivalidade natural entre os irmãos, os teatrinhos amadores da infância da autora e as brincadeiras mais sérias de que ela participou mais tarde, já moça (envolvendo parentes ricos e pretendentes designados). Uma exibicionista acanhada, por assim dizer, suas personagens – Jane Bennet, a virtuosa irmã mais velha e confidente de Lizzy, a heroína do romance; a intragável Sra. Bennet; Sr. Collins, o clérigo inábil; para não mencionar o distinto Sr. Darcy – conservam o mesmo brilho de quando nos foram apresentadas pela primeira vez.
Os anos que se seguiram – de penúria financeira, luto e decepções amorosas – lhe foram desfavoráveis, e Austen muito rapidamente passou de criança precoce a tia solteirona. Em 1811, no entanto, já era uma escritora aclamada, reescrevendo suas primeiras histórias e publicando uma obra-prima por ano até o fim de sua curta vida.
Jane Austen brincou certa vez ao comparar sua escrita à arte de um miniaturista: ‘[…] um pedacinho de marfim no qual trabalho com um pincel tão fino e que produz pouco efeito depois de tanto esforço’. A adaptação de Orgulho e preconceito por Ian Edginton e Robert Deas reproduz o charme ‘inteligente, leve e cintilante’ do sofisticado original.