Ao entregarmos aos leitores de fala portuguesa este volume, fazemos votos de que Lutero fique melhor conhecido entre nosso povo e que sua causa se torne bem evidente: ‘Que toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.’
Comentário da Epístola aos Gálatas precisa ser estudado em estreita relação com os debates teológicos verificados no contexto da Assembléia Imperial de Augsburgo (1530). Estes redundaram na apresentação do mais representativo escrito confessional protestante, a Confissão de Augsburgoredigida po Filipe Melanchthon, colega e estreito colaborador de Lutero, cujo centro temático é ocupado pelo ensino da justificação por graça e fé.
Anotações de Lutero sobre a Epístola de Paulo a Tito (1527) originou-se de um conjunto de preleções ministradas pelo reformador na Universidade de Wittenberg em circunstâncias marcadas pela peste na região. (…) encontra-se no ensino do apóstolo, duas grandes ênfases: o ensino da fé e a exortação à vida cristã.
قائمة المحتويات
Folha de rosto
Créditos
Apresentação
Introdução Geral
Siglas e abreviaturas
Comentário à Epístola aos Gálatas
Introdução de Nestor L.J. Beck
Tradução: Paulo F. Flor
Anotações de Lutero sobre a Epístola de Paulo a Tito
Introdução de Ricardo W. Rieth
Tradução: Luís H. Dreher
عن المؤلف
Martinho Lutero, em alemão: Martin Luther (Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18 de fevereiro de 1546), foi um monge agostiniano e professor de teologia germânico que tornou-se uma das figuras centrais da Reforma Protestante. Levantou-se veementemente contra diversos dogmas do catolicismo romano, contestando sobretudo a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquirido pelo comércio das indulgências. Essa discordância inicial resultou na publicação de suas famosas 95 Teses em 1517, em um contexto de conflito aberto contra o vendedor de indulgências Johann Tetzel. Sua recusa em retratar-se de seus escritos, a pedido do Papa Leão X em 1520 e do imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521, resultou em sua excomunhão da Igreja Romana e em sua condenação como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Germânico.
Lutero propôs, com base em sua interpretação das Sagradas Escrituras, especialmente da Epístola de Paulo aos Romanos, que a salvação não poderia ser alcançada pelas boas obras ou por quaisquer méritos humanos, mas tão somente pela fé em Cristo Jesus (sola fide), único salvador dos homens, sendo gratuitamente oferecida por Deus aos homens. Sua teologia desafiou a infalibilidade papal em termos doutrinários, pois defendia que apenas as Escrituras (sola scriptura) seriam fonte confiável de conhecimento da verdade revelada por Deus.[1] Opôs-se ao sacerdotalismo romano (isto é, à consagrada divisão católica entre clérigos e leigos), por considerar todos os cristãos batizados como sacerdotes e santos.[2] Aqueles que se identificaram com os ensinamentos de Lutero acabaram sendo chamados de luteranos.