Alcântara Machado, um observador perspicaz do cotidiano da cidade de São Paulo no início do século XX, escreveu um texto fundamental para entender a história paulistana: Brás, Bexiga e Barra Funda‘. Nesse texto, ele descreve o jornal como um órgão dos ítalo-brasileiros de São Paulo. Em sua obra ‚Laranja da China‘, que retrata a elite da sociedade, Machado também revela-se um verdadeiro modernista, incorporando recursos de outras linguagens, como o cinema, e outros gêneros, como o jornal e os gritos das torcidas, em sua prosa.‘
Über den Autor
Antônio de Alcântara Machado (1901-1935) foi um renomado escritor brasileiro, nascido em São Paulo e falecido no Rio de Janeiro. Formou-se em Direito em 1924 e estreou na literatura em 1926 com o romance ‚Pathé Baby‘. Participou da Revista de Antropofagia e fundou a revista Terra Roxa e Outras Terras. Colaborou com Mário de Andrade na Revista Hora e trabalhou como crítico teatral no Jornal do Commércio. Sua obra inclui ‚Laranja da China‘ (1928), contos avulsos, o romance inacabado ‚Mana Maria‘ (publicado postumamente em 1936) e o ensaio ‚Cavaquinho e saxofone‘ (1940). Uma característica relevante de seu trabalho é a incorporação de elementos da realidade urbana de São Paulo, como anúncios de jornal, letras de música e expressões populares. Em seu texto mais conhecido, ‚Brás, Bexiga e Barra Funda‘ (1927), retrata a complexidade da vida dos ítalo-paulistas e a transformação da paisagem urbana no início do século XX. Sua obra aborda aspectos sociais, morais, culturais e linguísticos únicos.