Escuro é um poema em que Ana Luísa Amaral revisita a poesia a partir dos poetas que poeticamente escreveram a história de si próprios, como San Juan de La Cruz, ou a história da história, como William Blake, ou a história da poesia-feita-história, como Fernando Pessoa.
A lucidez de Escuro canta a história nossa, que sempre na escola nos deixaram por contar.
MARIA IRENE RAMALHO
As reinvenções de Ana Luísa inserem-se criticamente na atualidade de maneira profunda, incitando reflexões sobre a questão do gênero, a tradição lírica e o sentido político da poesia enquanto móbil da imaginação.
MARIANA IANELLI
Inhaltsverzeichnis
Claro-escuro
Das mais puras memórias: ou de lumes
Entre mitos: ou parábola
Por que outra noite trocaram o meu escuro
A gênese
Outras vozes
O sonho
O tempo dos dragões e algumas rosas
No sossego dos frutos
O promontório
O drama em gente
A cerimônia
O retrato
O nevoeiro
A carta
Adamastor
A voz
Europa (poema 1)
Europa (poema 2)
Geografias, a partir do ar
Outra fala
Amar em futuro
O drama em gente: a outra fala
Posfácio
Obscura luz / Eduardo Lourenço
Sobre a autora
Über den Autor
ANA LUÍSA AMARAL nasceu em Lisboa em 1956, e vive, desde os nove anos, em Leça da Palmeira. É professora associada na Faculdade de Letras do Porto e integra a direção do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa. Suas áreas de investigação são Poéticas Comparadas, Estudos Feministas e Teoria Queer. É autora, com Ana Gabriela Macedo, do Dicionário de crítica feminista (Porto, Afrontamento, 2005), e colabora com revistas e antologias de poesia, nacionais e estrangeiras. Coordenou a edição anotada de Novas cartas portuguesas (Lisboa, Dom Quixote, 2010), e organizou, com Marinela Freitas, os livros Novas cartas portuguesas 40 anos depois (Lisboa, Dom Quixote, 2014) e New Portuguese Letters to the World (Oxford, Peter Lang, 2015). Tem em preparação dois livros de ensaios.
Sua obra tem sido editada em vários países, como França, Brasil, Itália, Suécia, Holanda, Venezuela, Espanha e Colômbia, e algumas delas foram levadas à cena, em espetáculos teatrais e leituras dramáticas, como O olhar diagonal das coisas, A história da Aranha Leopoldina, Próspero morreu ou Amor aos pedaços.
Em 2007 ganhou o Prêmio Literário Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas, com o livro A gênese do amor, também selecionado para o Prêmio Portugal Telecom. No mesmo ano, recebeu o prêmio de poesia Giuseppe Acerbi, na Itália. Em 2008, com Entre dois rios e outras noites, obteve o Grande Prêmio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores e, em 2012, com Vozes, ganhou o Prêmio de Poesia António Gedeão, sendo ainda finalista do Prêmio Portugal Telecom. Em 2014, recebeu o Prêmio PEN de Narrativa pelo seu romance Ara.