Esta obra descreve os estudos direcionados às escritas de sinais para a surdocegueira, a fim de que haja avanços, análises e reflexões, com o intuito de dar visibilidade às comunidades surdocegas. Para isso, é preciso repensar as formas como têm sido construídas as estratégias para os processos de ensino, aprendizagem e acessibilidade, frente às tecnologias e avanços propostos.
O Sign Writing foi descrito detalhadamente para desmistificar o estereótipo de um registro complexo, impreciso e confuso. Como toda e qualquer escrita de uma língua – seja ela direcionada à língua oral ou sinalizada – demanda de estudos sistematizados, treinamentos e práticas constantes, a fim de que haja avanços gradativos de domínio, até se chegar ao alcance da proficiência.
Os dados a respeito das escritas de sinais ainda permanecem escassos, diante deste estudo, mas comprovam a vivacidade de seu uso em diferentes campos. A área da Ciência da Computação se destacou pela complexidade dos materiais desenvolvidos para a comunidade surda, ainda que não tenham apresentado adaptações para indivíduos com baixa visão ou cegos. Frente à surdocegueira, não foram encontradas inovações específicas sobre escritas táteis, demonstrando a fragilidade do processo de ensino e aprendizagem, principalmente, para os sinalizantes que dependem de constante transposição linguística para a compreensão de informações em diferentes sistemas e códigos.
Über den Autor
ANDRESSA FRANÇA
Licenciada em Letras, habilitação Português/Espanhol na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Especialista em Gestão da Aprendizagem e Educação Cognitiva (Unicesumar). Especialista em Neuropsicopedagogia (Faculdade Metropolitana). Mestre em Educação Especial pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Especial – Universidade Federal de São Carlos (UFSCar – bolsista Capes). Doutoranda em Educação Especial pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Especial – Universidade Federal de São Carlos (UFSCar – bolsista Capes).
MARIA DA PIEDADE RESENDE DA COSTA
Psicóloga e Pedagoga pela Universidade Católica de Pernambuco, Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos e Doutora em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo. Fonoaudióloga pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Foi professora dos Departamentos de Psicologia e de Metodologia do Ensino da Universidade Federal da Paraíba e do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos. Atualmente é professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos com orientação no mestrado e doutorado e supervisão de pós-doutorado. Possui publicações em livros, capítulos de livros e artigos em periódicos especializados. Livros em Surdocegueira: Descobrindo a Surdocegueira (2005 1ª edição); Surdocegueira: Estudos e Reflexões (2015); Surdocegueira por Síndrome de Usher (2016); Surdocegueira: Níveis e Formas de Comunicação (2016).