Para bell hooks, a melhor crítica cultural não considera necessário separar a política do prazer da leitura. Anseios reúne alguns dos primeiros e clássicos textos de crítica cultural publicados pela autora nos anos 1980. Abordando temas como pedagogia, pós-modernismo e política, bell hooks examina uma série de artefatos culturais, dos filmes Faça a coisa certa, de Spike Lee, e Asas do desejo, de Wim Wenders, aos escritos de Zora Neale Hurston e Toni Morrison. O resultado é uma coleção comovente de ensaios que, como toda a obra da autora, dedica-se sobretudo à transformação de estruturas opressoras de dominação.
Inhaltsverzeichnis
prefácio à edição brasileira
prefácio à nova edição
agradecimentos
01. cenas de libertação: verbalizar este anseio
02. a política da subjetividade negra radical
03. negritude pós-moderna
04. o Chitlin circuit: sobre a comunidade negra
05. constituir o lar: um espaço de resistência
06. interrogação crítica: falar de raça, resistir ao racismo
07. reflexões sobre raça e sexo
08. representações: feminismo e masculinidade negra
09. aos pés do mensageiro: lembrando Malcolm X
10. meninas divas do Terceiro Mundo: políticas da solidariedade feminista
11. uma estética da negritude: estranha e opositiva
12. heranças estéticas: a história feita à mão
13. entre uma cultura e outra: etnografia e estudos culturais como intervenção crítica
4. preservar a cultura popular negra: Zora Neale Hurston como antropóloga e escritora
15. a margem como um espaço de abertura radical
16. niilismo elegante: raça, sexo e classe no cinema
17. representando a branquitude: Asas do desejo
18. arte contra-hegemônica: Faça a coisa certa
19. um apelo à resistência militante
20. sexualidades sedutoras: a repressão da negritude na poesia e nas telas
21. mulheres e homens negros: parceria nos anos 1990
22. Gloria Watkins entrevista bell hooks: não, não estou erguendo a voz contra mim mesma (janeiro de 1989)
23. um anseio final (janeiro de 1990)
Über den Autor
bell hooks é uma das mais importantes intelectuais feministas da atualidade. Nasceu em 1952 em Hopkinsville, então uma pequena cidade segregada do Kentucky, no sul dos Estados Unidos. Batizada como Gloria Jean Watkins, adotou o pseudônimo pelo qual ficou conhecida em homenagem à bisavó, Bell Blair Hooks, ‚uma mulher de língua afiada, que falava o que vinha à cabeça, que não tinha medo de erguer a voz‘. Como estudante, passou pelas universidade de Stanford, Wisconsin e Califórnia, e lecionou nas universidades de Yale, Sul da Califórnia e New School, em Nova York. Em 2014, fundou o bell hooks Institute. É autora de mais de trinta livros sobre questões de raça, gênero e classe, educação, crítica de mídia e cultura contemporânea, entre eles Olhares negros: raça e representação (Elefante, 2019) e Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra (Elefante, 2019).