Por meio da relação de amizade entre um menino e um passarinho, Daniel Munduruku fala do quanto é difícil para as crianças crescerem e se tornarem independentes. Mas, no final, o mais importante é quando elas entendem que, mesmo com a separação, os laços afetivos não se perdem.
‚Um dia minhas asas também crescerão e eu terei que voar do meu ninho para buscar novos caminhos para mim. Se minhas asas crescerem e eu ficar preso numa gaiola, nunca vou poder conhecer coisas novas e meu canto será muito triste. Mas se eu puder voar, meu canto será o mais feliz de todos os cantos, minha voz será a mais afinada das vozes e minha vida estará mais completa.‘
Über den Autor
Nasceu em Belém, PA, filho do povo Indígena Munduruku. Formado em Filosofia, com licenciatura em História e Psicologia, integrou o programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na USP. Lecionou durante dez anos e atuou como educador social de rua pela Pastoral do Menor de São Paulo. Esteve em vários países da Europa, participando de conferências e ministrando oficinas culturais para crianças. Autor de Histórias de índio, coisas de índio e As serpentes que roubaram a noite, os dois últimos premiados com a Menção de livro Altamente Recomendável pela FNLIJ. Seu livro Meu avô Apolinário foi escolhido pela Unesco para receber Menção honrosa no Prêmio Literatura para crianças e Jovens na questão da tolerância. Entre outras atividades, participa ativamente de palestras e seminários destacando o papel da cultura indígena na formação da sociedade brasileira.