Paulo Barreto chegou até nós como João do Rio, filho de professores, negro, obeso, homossexual, jornalista, cronista, teatrólogo, tradutor, editor e contista ousado, audaz.
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Observador das misérias humanas, apresenta nos contos de mistério e estranho desta edição personagens dândis, suicidas, escroques, mutiladores; revela uma sociedade urbana que frequenta salões, festas, mesas de jogos, fummeries… Muita vida e tensão circulam pelos contos criados por João do Rio.
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João do Rio foi, como jornalista, um brilhante cronista de sua época, e é com essa característica que as suas narrativas chegam até nós nesta edição especial da Bandeirola.
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Inhaltsverzeichnis
Sumário
5 Prefácio, Hedjan C.S.
5 Dentro da noite
13 A mais estranha moléstia
24 A peste
31 O bebê de tarlatana rosa
38 História de gente alegre
47 Emoções
54 O fim de arsênio godard – do diário íntimo de um revoltoso
65 Aventura de hotel
73 O carro da Semana Santa
81 Pavor
86 Posfácio, Júlio França
Über den Autor
João do Rio é o pseudônimo do jornalista, cronista, contista e dramaturgo João Paulo Emílio Cristovão dos Santos Coelho Barreto (Rio de Janeiro, 1881-1921). Iniciou sua atividade jornalística aos 16 anos e é considerado o ‚primeiro jornalista brasileiro a ter o senso da reportagem moderna‘, segundo a Academia Brasileira de Letras, da qual foi um dos ocupantes.
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Nas palavras de Elysio de Carvalho [Five o’oclock] João do Rio ’se tornou o historiógrafo estranho da alma encantadora das ruas, o melancólico analista da escola dos vícios, o psicólogo sutil, e às vezes cruel, das religiões […], o cronista elegante, e o mais singular, das luxúrias, das perversões, das vesanias, das sensualidades, das bizarrias inconfessáveis e das grotescas vaidades da nossa gente, […].‘