O que é o feminino? Como pode o corpo feminino se libertar dos parâmetros patriarcais e coloniais? Qual o papel e potencial da Arte e do artivismo nesse processo? Essas são algumas das questões enfrentadas por Karina Bidaseca nos ensaios que compõem esse livro. São textos provocadores, inspirados em Audre Lorde e Édouard Glissant, que desnudam e desafiam preceitos coloniais, racistas e sexistas. Propõe, a partir do trabalho de artistas, que um feminismo express, importado de uma forma acrítica de um contexto eurocentrado, corporativo, gentrificado, fundado no privilégio acadêmico, cis e individualizante dê lugar a um feminismo anticolonial, antiracista e antiespecista.
Über den Autor
Karina Bidaseca é pensadora e curadora feminista decolonial. Doutora e mestre em Ciências Sociais pela Universidad de Buenos Aires, obteve seu Pós-doutorado em Ciências Sociais na PUC-São Paulo. Bolsista do Fundo Nacional das Artes por ‚Pájaros del océano. Ana Mendieta: Una plataforma para descolonizar el arte y el feminismo.‘ Dirige equipe curatorial da ‚Jornadas de Feminismo Pós-colonial/Congresso de Estudos Pós-coloniais‘ e da exposição ‚Cartas a Ana Mendieta‘, exibida em quatro museus. Pesquisadora principal do CONICET e convidada do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto e da Universidade das Baleares.
Professora da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires e titular do EIDAES/Universidad Nacional de San Martín no Nu SUR (Núcleo Sul-Sul de Estudos Pós-coloniais, Performáticos, Afrodiaspóricos e Feminismo), que foi por ela fundado. Dirige o Programa CLACSO Sul-Sul e as Especializações em Epistemologias do Sul (Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra/CLACSO/Flacso, Brasil) e Estudos Afro-Latino-Americanos e Caribenhos (CLACSO/Flacso, Brasil).
Em 2010, fundou e é Diretora Executiva do ‚Congresso de Estudos Pós-coloniais e Feminismos Pós-coloniais‘ e da ‚Escuela Decolonial de Artivismos desde o Sur‘. Em 2020, cofundou e Editora El Mismo Mar.
Cocoordena o Grupo de Trabalho Epistemologias do Sul e integra o Grupo de Trabalho Afrodescendência e propostas contra-hegemônicas da CLACSO.
Escreveu mais de vinte livros sobre teorias feministas, estudos pós-coloniais e decoloniais e feminismos e artivismo multiespécies. Entre os recentes: ‚El futuro del fin del mundo‘, em coautoria (2023); ‚Los glaciares sienten (y sangran). 50 + 40. Artistas por la memoria en Wallmapu‘ (2023); ‚Por una poética erótica de la relación‘ (El Mismo Mar); ‚La Revolución será feminista o no será. La piel del arte feminista descolonial‘ (Prometeo); e ‚El amor como relación. Discusiones feministas y artivismos culturales‘ (Clacso/El Mismo Mar). Seus artigos foram traduzidos para o inglês, francês, russo, italiano e português.
‚La révolution sera féministe ou ne sera pas‘, foi publicado pela Revue d´Études Décoloniales, 2018. ‚Ana Mendieta. Pássaro do oceano‘ foi publicado em português pela Editora Nau.