Coletânea apresenta seleção de textos de um dos principais contistas norte-americanos, responsável por ter revolucionado o gênero com seu estilo
O. Henry, pseudônimo de William Sidney Porter (1862-1910), é um dos principais contistas norte-americanos e tornou-se uma referência no gênero, com estilo e técnica inconfundíveis. Este volume apresenta a sua obra por meio de um conjunto de dezenove textos, pinçados entre os mais de quatrocentos publicados pelo autor. O responsável pela seleção, tradução e prefácio do livro, Jayme da Costa Pinto, escolheu para o volume contos que têm como personagem e cenário principal a Nova York da primeira década do século XX.
Vielas e avenidas, hotéis estrelados, becos escuros e praças iluminadas emolduram os tipos que o autor observava em suas andanças pela cidade — notadamente em suas estratégicas paradas em bares e restaurantes —, e a partir dos quais constrói pequenos dramas e comédias da vida cotidiana.
Em certo sentido, a ideia que unifica a arte narrativa de O. Henry é o jogo entre a cidade e o mundo. Essa aspiração à universalidade e ao cosmopolitismo encontra-se latente em todos os personagens. Contudo, o meio se encarrega de arremessá-los de volta às suas pequenas misérias, fraturas e decepções, em reviravoltas da trama que se tornaram a marca registrada do escritor.
Über den Autor
Nascido na Carolina do Norte, em 1862, O. Henry atendia pelo nome de William Sydney Porter e, antes de se dedicar exclusivamente às letras, foi ajudante em fazendas do Texas, farmacêutico, jornalista e caixa de banco. Durante a passagem por essa instituição financeira, foi acusado de fraude e, em 1898, condenado a cinco anos de prisão.
Foi durante a reclusão na Penitenciária de Ohio que Porter passou a escrever contos e remetê-los a um amigo. O amigo conseguiu publicá-los, sob pseudônimos que evitassem a identificação do presidiário, em jornais e revistas. E assim nasceu O. Henry. Ao sair da prisão, em 1901, o escritor rumou para Nova York, que se tornaria o palco de suas histórias, e onde morreria, em 1910, de cirrose.