A inquietude das vivências amorosas não correspondidas, a solidão como interlocutora perene diante da melancolia existencial, a determinação forjada na sobrevivência da selva urbana alimentando a esperança por dias melhores. O caos da rotina na metrópole emoldura o pano de fundo para o impulso que Paulo Mendonça imprime em seu primeiro livro de poesia, “Poemas insanos“ – no qual sobram serenidade, incertezas e esperança de dias melhores.
Essa esperança, que surge pontualmente em intervalos irregulares entre os escritos de Mendonça, revela a jovialidade de um autor maduro – em idade e na literatura que produz.
Enquanto se desnuda na revelação de sentimentos comuns aos sensíveis, o poeta nos convida para uma reflexão mútua sobre a percepção de um mundo sempre pronto a oferecer aventuras para as mentes inquietas.
Entender a harmonia das contradições é um passeio delicioso reservado a cada leitor.
Über den Autor
Com esta obra, Paulo Mendonça acrescenta um livro ao seu extenso currículo artístico.
É administrador de empresas e possui longa experiência como dirigente de entidades do mercado financeiro e de capitais brasileiro. Enquanto diretor geral da Andima, foi responsável pela formulação e implantação do Certificado do Audiovisual, título que possibilitou o processo de retomada da produção cinematográfica brasileira no ano de 1993.
Foi membro do Conselho Superior de Cinema e do Comitê Gestor do FSA – Fundo Setorial do Audiovisual da Ancine, além de membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta (Tv Cultura).
Durante quinze anos, Mendonça foi diretor geral e responsável pela coprodução de mais de trezentos filmes do Canal Brasil de televisão por assinatura, uma associação entre o Grupo Globo e uma empresa que reúne os maiores produtores cinematográficos brasileiros. E, desde 2017, é vice-presidente da Academia Brasileira de Cinema e Audiovisual.
Como compositor, foi autor de sucessos como ‚Sangue Latino‘, maior êxito dos Secos e Molhados, grupo que revelou o cantor Ney Matogrosso. Escreveu para teatro, música e cinema, sendo roteirista do cultuado filme Pra Frente Brasil, de Roberto Farias, e diretor de A Casa Tomada, baseado num conto de Julio Cortázar.
Fotógrafo autodidata, já produziu muitos materiais e, em 2022, exibiu seu trabalho fotográfico na exposição ‚Músicos de Rua‘, no Espaço Talante, em Lisboa.