Em ‚É morto Pulcinella…!‘, Raul Pompeia traz à tona a melancolia da viscondessa Amélia, uma jovem cujas escolhas são moldadas pelo patriarcado e pelas rígidas expectativas de sua sociedade. Forçada a um casamento arranjado por seu pai, ela se vê dividida entre o dever e a paixão por Armando, o pintor que a cativou ao retratar seu rosto. A história mergulha nas tensões entre o desejo de liberdade e as imposições de um mundo machista, onde a mulher é frequentemente refém das convenções sociais. Pompeia, com uma escrita sensível, explora a luta de Amélia por seu amor genuíno e sua busca por autonomia, revelando as complexas angústias de viver em uma sociedade que limita a liberdade feminina.
Über den Autor
Raul Pompeia (Raul D’Ávila Pompeia) nasceu em Angra dos Reis em 12 de abril de 1863 e faleceu na noite de Natal de 1895, no Rio de Janeiro. Escritor de grande importância no Brasil, sua obra máxima é o clássico romance ‚O Ateneu‘, considerado por muitos como a obra mais relevante do Realismo no Brasil. Politicamente atuante, Pompeia teve muitas inimizades notáveis, dentre elas com Olavo Bilac. Sua literatura é marcada por uma crítica incisiva à sociedade brasileira do século XIX, com um estilo que mescla observações sociais profundas e personagens complexos. A tragédia de sua morte precoce, aos 32 anos, interrompeu o desenvolvimento de uma carreira literária promissora.