Clássico da literatura brasileira, considerado um dos marcos do Naturalismo. Em 1890, Aluísio Azevedo publicou O cortiço, romance que descreve a sociedade brasileira da época com descrição farta e minuciosa, característica dessa corrente literária. O proletário e a desigualdade social são presenças marcantes na obra: o ganancioso e avarento comerciante português João Romão, a trabalhadeira Bertoleza, o vizinho rico Miranda, o malandro preguiçoso Jerônimo, a esperta Rita Baiana, todos tratados como uma extensão do cortiço, o personagem principal, e cujo cotidiano é descrito ao longo da narrativa. Eis o primeiro grande romance social brasileiro e um dos principais do autor.
Sobre el autor
Aluísio Azevedo (1857 – 1913) nasceu em São Luís, no Maranhão. O autor exerceu as profissões de caricaturista, jornalista, romancista e diplomata. Ao lado do irmão Artur Azevedo, participou do grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira nº4. Em 1876, embarcou para o Rio de Janeiro e se matriculou na Imperial Academia de Belas-Artes, hoje Escola Nacional de Belas-Artes. Para se sustentar fazia caricaturas para os jornais da época, como O Figaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada. De volta ao Maranhão, por causa da doença do pai, Azevedo publicou seu primeiro livro, Uma lágrima de mulher, história extremamente sentimental. Em 1881, lançou O mulato, livro que chocou a sociedade maranhense pela crua linguagem naturalista e por abordar o preconceito racial. O romance teve grande sucesso e, no mesmo ano, o autor retornou ao Rio de Janeiro para ganhar a vida como escritor. De 1882 a 1895, produziu, sem interrupção, romances, contos e crônicas, além de peças