Estão reunidos aqui os textos do período em que um Antonin Artaud ainda jovem colaborou com os surrealistas franceses. Publicados em revistas e panfletos, de 1924 a 1928, estes textos constituem um trabalho de desconstrução de um espírito europeu criticado por ser excessivamente racional, redutor em sua concepção da realidade, mas também uma busca às vezes desesperada por um outro modo de expressão do espírito, uma busca por suas profundezas inacessíveis.
Essa preocupação, que atravessa a obra de Artaud, se exprime aqui através de uma poesia surrealista artaudiana carregada de sonhos e divagações, de simbolismo, de associações livres, de provocações. Trata-se antes de tudo de dar livre curso ao pensamento e às suas imagens.
Sobre el autor
Antonin Artaud é um dos artistas mais conhecidos da França. Nascido em Marselha, em 4 de setembro de 1896, faleceu em Paris, no dia 4 de março de 1948. Foi poeta, ator, roteirista e diretor de teatro francês. Por muitos, atualmente, é conhecido como louco, por ter sido internado em diversos manicômios franceses. Quando transferido para o hospital psiquiátrico, em Rodez, acaba conhecendo o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, com quem troca correspondência. Entre eles, uma relação se estabelece, o médico incentiva Artaud a continuar com sua verve literária, mas, ao mesmo tempo, acaba submetendo o poeta a uma série de tratamentos de eletrochoque, o que prejudica sua mente e seu corpo. Artaud é conhecido por livros, como o ‘Teatro e seu Duplo’ (Le Théâtre et son Double), considerado um dos livros mais influentes do teatro.