Ler um livro escrito a mais de mil e seiscentos anos atrás é muito especial, principalmente porque estamos de certa forma conversando com o autor, e este autor não é nada mais, nem nada menos do que Agostinho de Hipona, um dos maiores pensadores da humanidade e um dos maiores doutores da igreja. Um teólogo na qual me inspiro. Este ano de 2109 faço 25 anos que me formei em teologia e Agostinho de Hipona é o meu maior exemplo de teólogo, homem de pensamento profundo, capaz de refletir sobre assuntos que muitos achavam absurdos, Agostinho está para a teologia o que Einstein estava para a física. Este livro De Trinitate não é para neófito e novato, mas para mentes mais profundas.Agostinho passa a analisar como a triplicidade preenche todo o universo. Agora ele fala da pessoa que vê e o objeto visualizado, e entre os dois estão os raios de luz. Esta triplicidade indica alo sobre a pessoa de Deus. Em síntese, Agostinho usa como analogia para explicar a triunidade de Deus os elementos básicos de uma ação: Sujeito, verbo e objeto da ação. Depois ele usa o que considero o melhor exemplo da triunidade de Deus, a tricotomia humana composta de corpo, alma e espírito.Este livro não é para principiantes, mas para teólogos que deseja mergulhar em águas mais profundas da teologia e da filosofia. Agostinho não era um evangelista, mas um pensador do cristianismo, ninguém vá ler as obras de Agostinho buscando leitura empolgante, mas textos complexos que exigem do raciocínio, muitas vezes, dupla leitura do mesmo parágrafo.
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