Escrito em 1888, último ano antes de Friedrich Nietzsche perder a lucidez, este ensaio é uma das mais afiadas análises de que o cristianismo já foi objeto. Dando continuidade ao exame sobre a moral praticado na maioria de seus livros, em ‘O anticristo’ o autor firma sua posição sobre a doutrina religiosa. Ele mostra como o cristianismo – ao qual chama de maldição – é a vitória dos fracos, doentes e rancorosos sobre os fortes, orgulhosos e saudáveis, persuadindo e induzindo a massa por meio de idéias pré-fabricadas.
Sobre el autor
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) nasceu em Röcken, na Saxônia, filho de uma família de pastores protestantes, e estudou Filologia e Teologia nas Universidades de Bonn e Leipzig. Em 1872, escreveu sua primeira grande obra, ‘O nascimento da tragédia’, sobre a qual Wagner disse: ‘Jamais li obra tão bela quanto esta’. O ensaio viria a se tornar um clássico na história da estética. Em 1878, Nietzsche entrou em contato com a obra de Voltaire e escreveu ‘Humano, demasiado humano – Um livro para espíritos livres’. Nesta época, as dores de cabeça e nos olhos que Nietzsche já sentia há algum tempo se tornaram piores. Em 1882, Nietzsche publicou ‘A gaia ciência’ e, em 1883, ‘Assim falou Zaratustra’ (Partes I e II), sua obra-prima. Em 1888, produziu uma enxurrada de obras, entre elas o ‘Ecce homo’ e ‘O Anticristo’. Em janeiro de 1889, sofreu um colapso ao passear pelas ruas de Turim e perdeu definitivamente a razão. Em 25 de agosto de 1900, depois de penar sob o jugo da dor e da irmã, o filósofo falece em Weimar, cidade para a qual a família o levara junto com o arquivo de suas obras e escritos.