‘O FANTASMA DA ÓPERA’ é um romance francês, escrito por Gaston Leroux e publicado originalmente em série na famosa revista literária ‘Le Gallois’, entre 23 de setembro de 1909 e 8 de janeiro de 1910, e posteriormente publicada em livro em abril de 1910.
O romance é parcialmente inspirado em fatos históricos da Ópera de Paris durante o século XIX e em um conto apócrifo relativo à descoberta de um esqueleto de um bailarino durante a produção da ópera ‘O Franco-atirador’, de Carl Maria von Weber, em 1841.
Uma das histórias de terror e amor mais famosas do século XX, ‘O FANTASMA DA ÓPERA’ combina romance e suspense para narrar o triângulo amoroso entre a linda e talentosa cantora lírica Christine Daaé, o frágil e apaixonado visconde Raoul de Chagny e o sinistro e obcecado gênio da música que habita os porões do teatro. Relatado como uma investigação real, o romance apresenta uma miríade de personagens que são apresentados para atestar a existência do terrível habitante do subterrâneo da Ópera de Paris.
Com contornos de relato histórico, a narrativa conduz o leitor pelos labirintos da Ópera de Paris e do coração humano, revelando o que há de mais obscuro em ambos. É quase impossível ‘O FANTASMA DA ÓPERA’ sem sermos tomados por um conflito de sentimentos. A começar pela própria figura do Fantasma. O que ele nos inspira: medo ou compaixão? E aqui convém superar a obviedade da deformidade do rosto e da alma do protagonista. Se nos fixarmos apenas nessa cicatriz, sem enxergarmos a beleza que ela oculta, perderemos justamente as contraposições que tornam esse personagem tão forte, e sua história ao mesmo tempo trágica, assustadora e comovente. O fantasma é um personagem terrível, mas apaixonante.
Que aterrorizante segredo esconde-se nos subterrâneos da Ópera de Paris? Que mistério atormenta um dos mais majestosos palácios dedicados à arte na capital francesa?
Sobre el autor
Gaston Louis Alfred Leroux (6 de maio de 1868, Paris, França – 15 de abril de 1927, Nice, França) jornalista e escritor de romances policiais, tornou-se famoso mundialmente pela publicação e inúmeras adaptações para cinema e teatro de uma de suas obras-primas ‘O Fantasma da Ópera’, publicado originalmente em 1910.
Entre as mais famosas adaptações desse clássico da literatura francesa estão a produção para o cinema estrelada por Lon Chaney, em 1925; a de 1943, estrelada por Claude Rains, Susanna Foster e Nelson Eddy e a mais recente, de 2004, estrelada por Gerard Butler, Miranda Richardson, Ciáran Hinds e Simon Callow e baseada no musical de 1986 de Andrew Lloyd Webber.
Leroux estudou direito na Sorbonne, em Paris, graduando-se em 1889. Herdou milhões de francos e viveu nababescamente até quase falir.
Em 1890, começou a trabalhar como repórter e crítico teatral para o jornal ‘L’Écho’, de Paris. Sua carreira jornalística atingiu o ápice quando se tornou correspondente internacional para o jornal ‘Le Matin’. Em 1905, transferiu-se para a Rússia, onde viria a testemunhar e cobrir os acontecimentos relacionados com a Guerra Russo-Japonesa, que viria culminar com a Revolução Russa de 1917.
Em 1907, deixou a carreira jornalística e começou a escrever ficção. Em 1909, ele e o produtor, escritor e poeta Arthur Bernède (1871-1937) fundaram uma companhia cinematográfica, ‘Société des Cinéromans’, para simultaneamente transformar em filmes seus romances publicados.
Seu primeiro romance de mistério foi ‘O mistério do quarto amarelo’ (1908), cujo personagem principal era o detetive amador Joseph Rouletabille. A contribuição de Leroux para a ficção de mistério francesa é comparada à de Sir Arthur Conan Doyle, na Inglaterra, e de Edgar Allan Poe, nos Estados Unidos.
Leroux viria a falecer em Nice, em 15 de abril de 1927, vítima de infecção do trato urinário.