Guy de Maupassant (1850-1893) não é apenas um dos mais importantes escritores franceses de todos os tempos, mas é também considerado por muitos o pai do conto moderno. Discípulo de Flaubert, Maupassant soube aproveitar ao máximo o espaço limitado das histórias curtas, elevando-as à categoria de arte, e serviu de inspiração para grandes nomes da literatura como Somerset Maugham e Henry James. Nas 21 histórias que compõem ‘Contos do dia e da noite’, o autor explora os pequenos dramas e a aparente trivialidade de seus personagens, conjugando com maestria única, e sem desperdiçar uma palavra sequer, a poesia e a brutalidade inerentes à condição humana.
Sobre el autor
Guy de Maupassant nasceu no castelo de Miromesnil, na Normandia, em 1850, e morreu em Paris, em 1893. Leu os clássicos desde cedo e completou sua formação no seminário de Yvetot, de onde, expulso, foi transferido para o liceu de Rouen para diplomar-se em Direito. Na Guerra de 1870, quando da invasão prussiana da Normandia, engajou-se no exército francês, o que lhe sugeriu os temas para inúmeros contos. Encerrado o episódio, empregou-se no Ministério da Educação Pública e aproximou-se de Flaubert, que o orientou e o introduziu no mundo literário. Conviveu com Zola, Daudet e Huysmans e escreveu para diversos jornais. Seus romances, contos e novelas focalizam várias camadas da sociedade francesa, mostrando personagens de estratos sociais populares, como soldados, prostitutas e aldeões. Alguns de seus temas, como a reencarnação e a fantasmagoria, antecipam a literatura fantástica. Como contista, Maupassant serviu de paradigma para o conto do século XX. Suas principais obras são: ‘Bola de sebo’, 1880; ‘A pensão Tellier’, 1881; ‘Mademoiselle Fifi’, 1882; ‘A herança’, 1884; ‘O Horla’, 1887.