Após a Segunda Guerra Mundial e a estabilização relativa do capitalismo com o chamado Welfare State, um novo paradigma emerge, o reprodutivismo. O paradigma reprodutivista traz a hegemonia linguística dos termos sistema, estrutura, função, reprodução, integração. As ideias dominantes apontavam para a integração da classe operária e predomínio da sociedade de consumo e da indústria cultural a as ideologias estruturalistas e funcionalistas reinavam. A crise e lutas sociais dos anos 1960 colocaram estas concepções em crise e os anos 1970 viu a emergência, por um lado, de ideologias subjetivistas e, por outro, um renascimento do pensamento crítico e revolucionário. É nesse contexto que Henri Lefebvre tematiza a questão da reprodução e das supostas superações que emergem, ao mesmo tempo criticando e reproduzindo elementos das novas concepções emergentes e, especialmente, das concepções hegemônicas superadas. O presente livro de Lefebvre é sintoma de uma época e ajuda a compreender os seus desdobramentos ideológicos posteriores.
Sobre el autor
Henri Lefebvre (1901-1991) foi um dos mais destacados filósofos e sociólogos franceses. Autor de vasta obra, cerca de 70 livros, foi um pensador que se destoou no pensamento francês e europeu. A sua produção intelectual se inspira no marxismo e nas problemáticas de sua época. O cotidiano, a questão urbana, o marxismo, estão entre os principais temas abordados por ele. Um dos elementos mais importantes de sua obra é a crítica da vida cotidiana e a análise da modernidade e da transformação do capitalismo. Lefebvre busca atualizar o marxismo, observando que Marx era o teórico do capitalismo livre-concorrencial e assim busca ser o analista do capitalismo contemporâneo. A sua obra teve grande impacto na geografia, sociologia, entre outras áreas.