O futuro chegou. A água abandonou a Terra e o planeta é uma imensa planície seca e deserta. Não há rios, nem lagos, nem mares. Há apenas alguns oásis onde os Últimos Homens levam uma vida apática e resignada. Os animais estão todos extintos – a não ser grandes pássaros que evoluíram a ponto de se comunicarem telepaticamente com os humanos que restam. Os constantes terremotos que acontecem nesta Terra árida vão destruindo, lentamente, a pouca água dos poços. Ao mesmo tempo, os Últimos Homens vêem a aparição lenta, mas persistente, de uma nova forma de vida: os Ferromagnetos, que parecem estar crescendo e se tornando mais rápidos. Enquanto as pessoas perdem cada vez mais a esperança, o jovem Targ é o único que mantém a fé de que seus semelhantes poderão voltar a viver em um lugar agradável e fértil.
Terá ele razão? Ou será o fim dos humanos sobre a Terra?
Sobre el autor
NO PRINCÍPIO, J. H. Rosny era o pseudônimo de dois autores que escreviam juntos: os irmãos belgas Joseph Henri Honoré Boex e Séraphin Justin François Boex. Mas a partir de 1909, quando os irmãos passaram a seguir carreira solo, Joseph passou a assinar J. H. Rosny Aîné (o mais velho), enquanto o caçula virou J. H. Rosny Jeune (o mais novo).
Nascido em 1856, o mais velho destacou-se e escreveu sozinho cerca de 150 livros, entre eles ‘A Guerra do Fogo’, seu maior sucesso. Mas, segundo seus biógrafos, ‘A Morte da Terra’ era o seu preferido. Em suas obras, Rosny Aîné mostrou ser um visionário: inventou a palavra ‘astronauta’, foi o primeiro a criar seres extraterrestres que nada tinham a ver com humanos, imaginou um planeta sem água quando ninguém se preocupava com essa questão. Mas o mundo mudou e, atualmente, esse é um assunto recorrente. E é por isso que ‘A Morte da Terra’, lançado originalmente em 1910, é tão atual.