João Luís Ceccantini & Thiago Alves Valente 
Literatura infantil e juvenil na fogueira [EPUB ebook] 

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Censura, nunca mais!
A censura voltou a assombrar, e um de seus principais alvos tem sido os livros para crianças e jovens. Hoje ela atua em várias frentes: como no passado, denuncia obras que contrariam o moralismo ou compartilham posições progressistas; recentemente, porém, somam-se novas facetas, quando, em nome do chamado politicamente correto, obras são condenadas, e seus autores, cancelados. E se, então, cabia aos órgãos de segurança reprovar ou liberar produtos culturais, no presente o movimento é liderado por organismos educacionais ou entidades civis. Que encontram canais públicos de difusão, como a internet, o que maximiza o alcance de suas ideias.
A literatura infantil e juvenil é objeto de controle desde o início de sua trajetória no Ocidente. Os adultos nunca deixaram de acreditar que poderiam determinar o que crianças poderiam ler ou estudar. Mas o melhor do gênero vai na contramão do autoritarismo, pois aposta na criatividade e autonomia de seus destinatários.
Por isso, é tão importante reverter os prejuízos da censura. E para não reproduzir o comportamento dos censores, proibindo o proibido, cabe escolher outro caminho; e esse coincide com o adentramento no coração das obras perseguidas, para revelar suas qualidades, bem como sua contribuição ao crescimento íntimo de seus leitores.
Situa-se aí o mérito de Literatura infantil e juvenil na fogueira, cujos autores, renomados estudiosos brasileiros, examinam, com discernimento e profundidade, o que livros destinados a crianças e jovens têm a dizer, ajudando o público a conhecer as pessoas, a sociedade e a história.
Não é esse, porém, o único mérito de Literatura infantil e juvenil na fogueira. Ao enfrentar a assombração da censura, colabora para rechaçá-la e, se possível, suprimi-la de nosso horizonte, colocando em seu lugar a compreensão e o bom senso, princípios fundamentais para quem busca felicidade e justiça.
Regina Zilberman

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Tabla de materias

• Apresentação
• Censura, censuras
PARTE I
• Chapeuzinho Vermelho (1697) – Charles Perrault. A ‘verdade’ por trás de uma história tantas vezes contada e recontada
• Caçadas de Pedrinho (1933) – Monteiro Lobato.
Um dia da caça, outro, do caçador
• A chave do tamanho (1942) – Monteiro Lobato.
Criar e evoluir: Monteiro Lobato e
dona seleção natural
• Píppi Meialonga (1945) – Astrid Lindgren.
Uma Píppi chamada infância – ou de como ser
encontrador de coisas
• O diário de Anne Frank em quadrinhos (1947/2017) – Ari Folman e David Polonsky.
O tabu do sexo e o Holocausto
• Onde vivem os monstros (1963) – Maurice Sendak. Max, o encantador de monstros
• A rosa dos ventos (1972) – Odette de Barros Mott. Literatura na periferia
• O menino e o pinto do menino (1975) – Wander Piroli. Proposta realista e reação
• A bolsa amarela (1976) – Lygia Bojunga.
Ameaça amarela dentro da escola
• Meninos sem pátria (1981) – Luiz Puntel.
Do camburão ao facebook
• O BGA – O bom gigante amigo (1982) – Roald Dahl. Sobre o avesso dos ogros
• O menino que espiava pra dentro (1983) – Ana
Maria Machado. Conversando com mães e mestres
• A marca de uma lágrima (1985) – Pedro Bandeira. Ousando, sem perder o leitor
• Harry Potter e a pedra filosofal (1997) – J. K. Rowling. O encantamento dos jovens pela leitura
• As vantagens de ser invisível (1999) – Stephen Chbosky. Literatura sem camuflagem
• Quando eu voltei, tive uma surpresa (2000) – Joel. Rufino dos Santos Sob a sombra do autoritarismo
• Menino ama menino (2000) – Marilene Godinho. O amor contra a parede
• Enquanto o sono não vem (2003) – José Mauro Brant. Pesadelo nas cantigas de ninar
• Sapato de salto (2006) – Lygia Bojunga.
Breviário de dores
• Diário absolutamente verdadeiro de um índio de meio expediente (2007) – Sherman Alexie.
Se o índio é de meio expediente, a literatura é de tempo integral
• O pintinho que nasceu quadrado (2007) – Regina Chamlian. A aceitação da diversidade
• Peppa (2009) – Silvana Rando.
Por uma literatura sem rótulos
• A bruxa do armário de limpeza e outros contos (2010) Pierre Gripari. Xingar bruxa, pode? Enfrentando o tabu linguístico
• Evocação (2012) – Márcia Kupstas.
Chifre em cabeça de cavalo… Ou quando o mal, evocado, está nos olhos de quem vê
• Olívia tem dois papais (2010) – Márcia Leite.
História de uma intrigante família
• George (2015) – Alex Gino. O ‘perigo’ na literatura juvenil ou a literatura juvenil ‘em perigo’? – a transexualidade em George
• Amoras (2018) – Emicida. Sobre o risco da intolerância religiosa e do vandalismo
• Enfim capivaras (2019) – Luisa Geisler. ‘Porque rir é próprio do homem’: entre os palavrões e a censura
PARTE II
• Literatura infantil no Brasil: ‘cala-boca já morreu!’, painel inserido na programação do evento ‘Silence and Silencing in Children’s Literature – IRSCL Congress’, realizado de 14 a 18 de agosto de 2019 em Estocolmo, Suécia
• A literatura infantil na berlinda
• Da esquerda à direita: a literatura infantil contra a parede
• O som dos silêncios de Clarice
• Quando a mediação de leitura se torna censura
A TÍTULO DE CONCLUSÃO
• Não à bibliocastia!
• Uma bibliografia sobre censura
• Autores

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Idioma Portugués ● Formato EPUB ● Páginas 552 ● ISBN 9788595261730 ● Tamaño de archivo 3.2 MB ● Edad 99-17 años ● Editorial Aletria Editora ● Ciudad Belo Horizonte ● País BR ● Publicado 2024 ● Edición 1 ● Descargable 24 meses ● Divisa EUR ● ID 9506221 ● Protección de copia Adobe DRM
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