Uma das principais personagens da cultura corporalista no Brasil, Regina Favre registra neste livro sua busca pessoal e profissional de um horizonte em que a cultura do corpo fosse disseminada e consolidada no Brasil. Ao longo destas páginas, ela conta sua trajetória desde os anos 1960, quando entrou em contato com abordagens psicoterápicas como o psicodrama e a bioenergética, passando pelas vivências em Londres e na Califórnia, quando finalmente conheceu aquele que moldaria seu pensamento e sua práxis: Stanley Keleman, o respeitado autor de Anatomia emocional e de diversos outros livros publicados pela Summus Editorial. A partir daí, Regina passou a incorporar também outras influências, como a esquizoanálise de Deleuze e Guattari, fazendo uma crítica ferrenha ao modo capitalista de se apropriar de corpos. Regina produziu, assim, um jeito absolutamente inovador e anticolonialista de enxergar a realidade somática, social e política dos brasileiros.
Sobre el autor
Primeira geração no campo das psicoterapias corporais no Brasil, Regina Favre é filósofa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), psicoterapeuta, professora e pesquisadora do corpo por meios audiovisuais no Laboratório do Processo Formativo. Cuidou de todas as traduções e apresentações dos livros de Stanley Keleman (Summus Editorial), com quem se relacionou profissionalmente por quase quinze anos e cujo pensamento introduziu no Brasil. Produz continuamente vídeos e textos sobre o corpo como um processo biológico, histórico e social num viés de arte, clínica, filosofia e política. Tem inúmeros artigos e capítulos publicados. Dirigiu e editou o longa-metragem Memória do ácido.