Nestes três ensaios sobre a arte dos anos 1970 aos 2020 são mobilizadas as principais linhas de força do debate estético contemporâneo. Sem abdicar da convenção que toma como arte contemporânea a que vem sendo produzida desde o fim dos anos 1970, Ricardo Fabbrini destaca obras que acertaram as contas com o seu tempo, tomando posição em relação ao presente. O primeiro ensaio examina o fim das vanguardas artísticas, que foi associado por alguns autores ao fim da arte, no debate sobre o pós-modernismo nos anos 1970 e 1980. O segundo volta-se à tentativa de embaralhar arte e vida em certa produção dos anos 1990 e 2000, recorrendo às noções de arte relacional, heterotopia e comunidade. Por fim, partindo do diagnóstico de que nas duas últimas décadas acirrou-se o conflito entre as imagens, o autor pergunta se é ainda possível produzir uma imagem de resistência que frature a ordem dos simulacros.
Sobre el autor
Ricardo Fabbrini – Professor livre-docente de Estética do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) e do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da mesma universidade (PGEHA). Possui graduação, licenciatura, mestrado e doutorado em Filosofia pela USP. É autor dos livros O espaço de Lygia Clark e A arte depois das vanguardas, além de artigos sobre arte moderna e contemporânea em diversos periódicos.