O segundo volume dos diários de Emilio Renzi, alter ego de Ricardo Piglia, oferece uma jornada inteligente e cheia de anedotas sobre a literatura latino-americana das décadas de 1960 e 1970.
Se no volume anterior, Anos de formação, assistimos aos primeiros e decisivos passos do escritor iniciante, aqui sua carreira já se desenvolve a pleno vapor no mundo da literatura argentina, com a direção de uma revista, trabalhos editoriais, artigos, cursos e conferências. Renzi torna-se ‘Piglia’, dublê de intelectual que passa a ganhar cada vez mais importância. Nestas páginas envolventes, repletas de insights e muito brilho, a obsessão de Piglia pela literatura materializa-se em ideias e esboços de histórias e romances, leituras, encontros com escritores consagrados — Borges, Puig, Roa Bastos e muitos outros — e colegas de geração. Também são especiais as inúmeras reflexões sobre a escrita e a respeito do trabalho de autores clássicos e romancistas. E ainda aparecem as viagens, a vida íntima e amorosa, a Argentina daqueles anos convulsivos: a morte de Perón, o surgimento dos grupos guerrilheiros, o golpe militar que esfacelaria o mundo intelectual de Buenos Aires.
Sobre el autor
Ricardo Piglia nasceu em Adrogué, na Argentina, em 1941. Ficcionista e crítico, é autor de Respiração artificial, um dos maiores romances latino-americanos do século XX, e foi professor emérito da Universidade de Princeton. Morreu em Buenos Aires, em janeiro de 2017. Dele a Todavia já publicou Anos de formação, o primeiro volume de sua trilogia de diários de Emilio Renzi.