Quando você descobriu pela primeira vez que seu corpo não era seu? Em Vermelha, uma fictícia cidade de desova da ditadura militar inspirada na Diadema dos anos 80, mulher nenhuma tem o próprio corpo. É lá que Jô vive e cresce e precisa escolher entre aprender a viver em um corpo emprestado ou sair em uma jornada para tomar o próprio corpo para si. Uma escolha que a levará para dentro da geografia de seu corpo de mulher, esse lugar assombrado, pós-apocalíptico, onde ela terá que negociar com a loucura e com a morte se quiser voltar à vida. ‘Meu corpo ainda quente’ é um romance e também um conto de fadas distópico, mas, antes de tudo, um manifesto poético-feminista.
Sobre el autor
Sheyla Smanioto é praticante de escrita e de outras artes oraculares. Seu primeiro romance, Desesterro, venceu o Prêmio Sesc de Literatura e o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional, foi premiado no Jabuti e finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. Desde o mestrado em teoria e história literária (Unicamp), pesquisa e vive a relação entre a criação e o corpo, experimentando a escrita como oráculo e manifesto em um projeto literário que busca trazer a capacidade curativa da literatura para questões políticas contemporâneas, especialmente as feministas. Fez parte da seleção Forbes under 30, tem textos publicados em revistas brasileiras e estrangeiras, participou de eventos dentro e fora do Brasil, como a Feira de Guadalajara, o Printemps Littéraire Brésilien e o Salão do Livro de Paris. Apoiado pelo Rumos Itaú Cultural, Meu corpo ainda quente é seu segundo romance.