Este texto desenvolve o conceito de ‘campo analítico’, que tem suas origens no pensamento de Bion e dos Baranger, propondo sobre ele uma interpretação original. Assim, revisita algumas das temáticas de base da psicanálise, como os critérios de analisabilidade e fim da análise, as transformações que ocorrem durante as sessões, os impasses e as reações terapêuticas negativas, a sexualidade e o setting.
São, então, expostos alguns dos temas específicos do autor: a exploração dos muitos modos pelos quais podem ser entendidos os personagens que emergem durante a sessão, os sinalizadores contínuos que o paciente fornece das turbulências emotivas do campo, entre outros.
Esse percurso é realizado por meio de uma narração clínica escolhida como o modo mais eficaz para transmitir uma complexa teoria da ‘mente em relação’, que, a partir da dimensão protomental, leva ao desenvolvimento e à expansão do pensável pelos dois membros da dupla analítica.
A propos de l’auteur
É analista didata e supervisor na Società Psicoanalitica Italiana (SPI), da qual foi presidente (2013-2017), e membro da American Psychoanalytic Association (APsa A) e da International
Psychoanalytical Association (IPA). Tem sido professor convidado de diversas instituições na Europa, na América do Norte, na América do Sul e na Austrália.
Recebeu o Sigourney Award em 2007. É autor de numerosos artigos sobre clínica, técnica e teoria da técnica publicados em revistas de psicanálise na Itália e em outros países. É autor dos livros Tormentos de almas (Blucher, 2017), Na sala de análise: emoções, relatos, transformações (Blucher, 2019), A psicanálise como literatura e terapia (1999) e Evitar as emoções, viver as emoções (2007), esses dois últimos no prelo pela editora Blucher.