A edição inaugural da Coleção ‘Obras de Edith Stein’ contém escritos autobiográficos da filósofa, mártir e santa. Grande parte do livro se constitui do texto Vida de uma família judia (1933-1939), dividido nas seguintes seções: 1) Memórias de minha mãe; 2) História de nossa família: as duas irmãs mais novas; 3) Preocupações e tensões na família; 4) O desenvolvimento das duas irmãs mais novas; 5) Os anos de estudo em Breslávia; 6) Diário dos corações de duas jovens; 7) Anos de estudo em Gotinga; 8) Serviço no Hospital Militar de Weisskirchen na Morávia; 9) Encontros exteriores e decisões interiores; 10) O exame rigorosum em Friburgo.
Outros textos autobiográficos que integram a presente edição são: Uma contribuição para a crônica do Carmelo de Colônia: I. Como cheguei ao Carmelo de Colônia (1938); Curriculum Vitae (1916); Peça humorística para a festa de casamento de Erna Stein e Hans Biberstein (1920); Consagração ao Sagrado Coração de Jesus (1939); Testamento (1939); Oração ao Sagrado Coração de Jesus (1939).
Por fim, há também um texto escrito em 1949 por Erna Biberstein, a quem Edith era muito ligada.
A propos de l’auteur
Edith Stein nasceu em Breslávia (atual Polônia, antigo Reino da Prússia), em 12 de outubro de 1891, nas comemorações do Yom Kippur. O pai, comerciante, faleceu quando ela tinha apenas dois anos. A mãe teve de criar os filhos sozinha, e ainda cuidar dos negócios da família. Em 1911, iniciou os estudos de germanística e história na Universidade de Breslávia. Em 1913, começou a frequentar as aulas de Husserl em Gotinga, onde também conheceu Max Scheler. Em 1916, seguiu Husserl a Friburgo, onde defendeu uma tese sobre o problema da empatia.
Converteu-se ao cristianismo em 1917. Em 1932, passou a ocupar uma cátedra no Instituto de Pedagogia Científica de Münster. Entrou para o carmelo de Colônia em 1933, recebendo o nome de Teresa Benedita da Cruz. Foi capturada pela Gestapo em 1942, morrendo numa câmara de gás nazista em Auschwitz. Foi beatificada em 1987 e canonizada em 1988 por São João Paulo II. É uma das mais fieis seguidoras da fenomenologia de Husserl e, ao mesmo tempo, autora de uma filosofia original, à qual ela denominou ‘filosofia do ser’.