Poética do Drama Moderno procura definir o novo paradigma da forma dramática surgida nos anos 1880 e que ainda enforma as dramaturgias contemporâneas. A obra estabelece uma ponte entre as primeiras peças da modernidade do teatro, como as de Ibsen, Strindberg e Tchékhov, e as mais recentes, de um Heiner Müller, um Bernard-Marie Koltès ou de um Jon Fosse. Assim, Jean-Pierre Sarrazac põe em evidência a dimensão rapsódica do drama moderno: uma estrutura aberta, profundamente heterogênea, em que os modos dramático, épico e lírico, e até mesmo o argumentativo (dialogismo filosófico que se articula pelo diálogo dramático), não param de compor e sobrepor. Longe de subscrever as ideias de decadência (Lukács), de obsolescência (Lehmann) ou de morte do drama (Adorno), este título que a editora Perspectiva publica em sua coleção Estudos delineia os contornos sempre dinâmicos de uma forma cuja liberdade não significa, de modo algum, ausência de forma.
Table des matières
Uma Forma Aberta
Capítulo I. O Drama Não Será Representado
Capítulo II. Drama da Vida: O Novo Paradigma
Capítulo III. Drama-da-Vida: Os Exemplos
Capítulo IV. A Impersonagem
Capítulo V. Uma Nova Partilha das Vozes
Capítulo VI. A Pulsão Rapsódica
Capítulo VII. Do Jogo do Ator no Drama
O Drama Fora dos Limites
Índice de Autores Dramáticos e das Peças
A propos de l’auteur
Jean-Pierre Sarrazac
Nasceu em 1946, é ensaísta e autor dramático. É professor emérito de estudos teatrais em Paris III (Sorbonne Nouvelle), além de professor convidado em Louvain-la-Neuve. Fundou em Paris III o Grupo de Pesquisa Sobre a Poética dos Dramas Moderno e Contemporâneo. Como dramaturgo, é autor, entre outros, de La Passion du jardinier (Créteil, 1989), La Fugitive (Le Petit-Quevilly, 1996), Cantiga Para JÁ – Place de la Révolution (Coimbra, 2003), La Boule d’or (A Bola de Ouro, montada por Marco Antonio Braz, São Paulo, 2013). Em língua portuguesa, teve publicados Sobre a Fábula e o Desvio (Teatro do Pequeno Gesto/7 Letras, 2013) e Vou ao Teatro Ver o Mundo (Teatro Nacional São João/Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2016)