Karel Capek (1890 – 1938) foi um escritor, filósofo e dramaturgo tcheco. Um democrata convicto que pregou contra o Nazismo e Socialismo e, naturalmente, foi perseguido por isso. Karel Capek foi o maior novelista da Checoslováquia. As suas peças de teatro estrearam na Broadway pouco tempo depois da sua estreia em Praga e os seus livros foram traduzidos em várias línguas. Os seus textos são marcados por uma escrita clara e apelativa, que o tornaram um excepcional escritor. A Guerra das Salamandras, por muitos considerada sua melhor obra, não só faz uma paródia, dos dois movimentos, Nazismo e Socialismo, como também denuncia o egoísmo inerente as nações e as relações internacionais. O autor trata as interações humanas e as maquinações políticas com misto de interesse e ironia. Com essa obra prima, Karel Capek fez uma advertência moral ao século XX, ainda válida nos dias de hoje.
A propos de l’auteur
Karel Capek (Malé Svatonovice, 9 de Janeiro de 1890 – Praga, 25 de dezembro de 1938) foi um escritor, filósofo e dramaturgo tcheco. Se tornou inicialmente conhecido pela sua peça realizada em 1921, R. U. R. (Rossum’s Universal Robots), onde criou a palavra ROBOT.
Nascido em Malé Svatonovice, Boêmia, então parte do Império Austro-Húngaro, em cuja obras de ficção denunciou os perigos do confronto entre o homem e os avanços tecnológicos, os perigos que ameaçavam o mundo moderno se este se deixasse levar pelos excessos do materialismo e do mecanicismo. Foi um democrata convicto, e pregou contra ideologias totalitárias como o Nazismo e Socialismo.
Estudou filosofia em diversas cidades europeias até se estabelecer em Praga (1917), onde trabalhou como editor, escritor e jornalista. Na literatura, embora tenha cultivado diversos gêneros, deve sua popularidade sobretudo a suas obras de ficção, suas utopias satíricas e filosóficas, traduzidas para muitos idiomas. Por alguns anos escreveu em parceria com o irmão Josef, como por exemplo em Krakonosova zahrada (1918), coletânea de contos e narrativas de grande interesse humano. Nessa obra, numa história em que humanidade se achava ameaçada por uma máquina de sua invenção, o robot, cunhou a palavra que posteriormente popularizou-se pelo mundo inteiro como nome de uma unidade cibernética. Karel Capek é considerado o maior autor tcheco da primeira metade do século XX. Foi o maior novelista da Checoslováquia e representante do seu espírito democrático. As suas peças de teatro estrearam na Broadway pouco tempo depois da sua estreia em Praga e os seus livros foram traduzidos em várias línguas. Os seus textos são marcados por uma escrita clara e apelativa, que o torna excepcional.
Depois da guerra o trabalho de Capek foi relutantemente aceito pelo regime comunista checo, já que enquanto em vida Capek sempre se recusou a acreditar na utopia comunista, como alternativa à ameaça nazista. Morreu em Praga e entre outras obras importantes ficaram a peça dramática R.U.R. (1920), Hordubal (1933), Povetron (1934) e Obycejny zivot (1934), as famosas sátiras Valka smloky (1936) e a peça realista Bilá nemoc (1937), em que conclamava o povo à solidariedade e à resistência contra o nazismo. Capek morreu pouco tempo antes do início da Segunda Guerra Mundial. A sua morte foi resultado de uma pneumonia originada por uma greve de fome e a recusa de viver no seu país, depois dos aliados terem rejeitado ajuda à Checoslováquia para a proteger de Hitler. Crítico corrosivo do fascismo e do nazismo, em sua obra previu as consequências da Segunda Guerra Mundial, que não chegou a presenciar. Com a invasão da Tchecoslováquia pelos nazistas, seu nome se encontrava na lista negra dos inimigos do Reich. Como os nazistas não sabiam da sua morte, foram até sua casa para prendê-lo. Ao serem informados de seu falecimento, prenderam e fuzilaram seu irmão, Josef.