Luiz Antonio Simas já se tornou um clássico da historiografia carioca. Seu olhar se volta preferencialmente para os espaços mínimos, miudinhos, que constituem a dimensão mais humana da História. Neste Maldito invento dum baronete, Simas investiga as origens e o desenvolvimento do Jogo do Bicho, não pela óptica usual, aquela que privilegia a contravenção ou o crime — mas numa perspectiva inovadora, que compreende o Jogo como elemento fundamental da cultura popular, integrada ao complexo metafísico que envolve o Samba, o Futebol, as Religiões de Terreiro, os modos de ser e fazer da nossa inestimável herança afro-indígena.
Alberto Mussa
Intelectual ousado, pesquisador sagaz, observador participante, pensador dos mitos, ritos, práticas e idiossincrasias cariocas, Luiz Antonio Simas nos traz com esta publicação reflexões sobre uma das obras mais significativas da vida da mui heroica e leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro: o jogo do bicho. Estamos falando de uma obra que busca no passado elementos para continuar se debruçando sobre a ex-capital da República, livre das amarras das normas, dos jargões e das hipocrisias acadêmicas, mas encantado pelas dobras, frestas e esquinas.
Felipe Magalhães
A propos de l’auteur
LUIZ ANTONIO SIMAS é carioca, escritor, compositor, professor de História e pesquisador das culturas de rua do Brasil. É autor de mais de 20 livros, entre eles ‘Pedrinhas miudinhas: ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros’ (Mórula, 2013), ‘O corpo encantado das ruas’ (Civilização Brasileira, 2019), ‘Maracanã: quando a cidade era terreiro’ (Mórula, 2021), ‘Umbandas’ (Civilização Brasileira, 2021) e ‘Santos de casa’ (Bazar do tempo, 2022). É vencedor do prêmio Jabuti 2016 de melhor livro do ano de não-ficção com o ‘Dicionário da história social do samba’ (Civilização Brasileira, 2015), que escreveu em parceria com Nei Lopes.