O Circo das Formas é um cordel divertido que leva o leitor a viajar nas rimas por meio da imaginação.
O nome ‘Literatura de Cordel’ veio de Portugal. Cordel significa barbante, corda, e lá os chamados folhetos de cordel eram expostos para venda em barbantes. No Brasil, esse gênero ganhou vida própria e popularizou-se a partir do Nordeste. Seus temas são abrangentes e desenvolvidos invariavelmente em versos rimados e metrificados.
Nesta obra, Marco Haurélio criou um cordel superdivertido para falar das formas. E Camila de Godoy ilustrou como se fosse uma xilogravura, uma técnica semelhante ao carimbo, baseando-se nas sextilhas escritas pelo cordelista. É nesse ritmo que acompanhamos a chegada de um circo a uma cidade do interior, com a apresentação dos artistas evocando as formas que, muitas vezes, passam despercebidas.
A propos de l’auteur
Nascido em 1974, em Ponta da Serra, no sertão baiano, Marco Haurélio é uma referência na cultura popular brasileira. Professor, folclorista, editor e, acima de tudo, poeta, Marco apaixonou-se pela literatura de cordel ainda na infância: aos seis anos, já escrevia suas próprias histórias. O grande impulso veio de sua avó, que o introduziu às rimas e aos contos populares, dos quais ele jamais se afastou. Graduou-se em Letras pela Universidade da Bahia e, aos pouco mais de 20 anos, mudou-se para São Paulo. Entre suas dezenas de obras, destacam-se: Presepadas de Chicó e astúcias de João Grilo, Antologia do cordel brasileiro, Meus romances de cordel, O herói da montanha negra, Breve história da literatura de cordel e As três folhas da serpente. Atualmente, além de autor, é palestrante e realiza oficinas por todo o país, sem jamais deixar de pesquisar e manter contato com sua principal fonte de inspiração: o povo brasileiro.