Agora são os ipês cor-de-rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos. Cada um dizendo a mesma coisa de forma diferente. Variações sobre o mesmo tema, brincadeira musical que poderia ter sido composta por Vivaldi ou Mozart, se Deus não lhes tivesse tomado a dianteira. Sugiro uma pequena sinfonia em três partes. Primeiro movimento, ‘Ipê-rosa’, andante tranquilo, como o coral de Bach que descreve as ovelhas pastando. Ouve-se o som rural do órgão. Segundo movimento, ‘Ipê-amarelo’, rondo vivace, em que os metais, trombones, trompas, tubas, pistões, cores parecidas com as do ipê amarelo, fazem soar a exuberância da vida. Terceiro movimento, ‘Ipê-branco’, moderato, em que os veludosos violoncelos falam de paz e esperança.
Table des matières
1. O vento fresco da tarde
2. A árvore que floresce no inverno
3. Os ipês estão floridos
4. Amaromar
5. Proseando
6. Lições de bichos e coisas
7. Campos e cerrados
8. Pastoreio
9. O fim do mundo está próximo!
10. Araucárias e eucaliptos
11. O jardineiro
12. A música das estrelas
13. O sermão das árvores
14. Em defesa das árvores
15. Vou plantar uma árvore
16. Em defesa das flores
17. O ninho
18. O fogo está chegando
19. Seriema
20.Andar de manhã
21. Piracema
22. Flora
23. O jardim
24. A horta
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A propos de l’auteur
Rubem Alves- foi depois de muitas andanças (do interior de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, depois para os Estados Unidos e, finalmente, Campinas, onde viveu seus últimos anos) e de atividades variadas (pastor, professor, psicanalista), quando já estava com mais de 30 anos, que Rubem Alves começou a escrever literatura.Autor de muitos livros (alguns editados em diversos idiomas) sobre educação, infantis e de crônicas, guiava seus leitores pelas paisagens do belo e considerava seus companheiros de viagem filósofos como Bachelard e Nietzsche, poetas como Fernando Pessoa, Adélia Prado e Cecília Meireles. Sua obra nos mostra a beleza do detalhe, o divertido do cotidiano, o absurdo da sociedade, a possibilidade da magi