Uma biografia da vida e do pensamento do filósofo mais popular do Ocidente. O homem que apenas com a força de suas palavras é capaz de provocar transformações na vida de quem as lê. E não é para menos. Nietzsche levou a filosofia aonde ela nunca tinha chegado antes. Passou um rolo compressor nos próprios conceitos de verdade e de conhecimento. E até na forma foi revolucionário: com ele, a linguagem filosófica se aproximou da poesia e da literatura. Essa magistral biografia feita por um dos mais eminentes filósofos do mundo, o alemão Rüdiger Safranski, acompanha não só a vida, mas também o pensamento de Friedrich Nietzsche. A linguagem é acessível e envolvente, e sem simplificações. O resultado é um livro que acaba sendo lido tal qual os livros de Nietzsche.
Table des matières
Capítulo 1
Duas paixões: O Inaudito e a música.
Como viver quando a música acaba?
Tristeza depois das sereias. Lucidez.
Tentativa e tentação.
Capítulo 2
Um menino escreve. O dividuum. Raio e trovão.
Encontrar e inventar cursos de vida. Prometeu
e outros. Primeira tentativa com a filosofia:
‘Fato e História’. Oceano de ideias e
dor da distância.
Capítulo 3
Autoexames. Dieta filológica. A experiência de
Schopenhauer. O pensamento como autossuperação.
Fisis transfigurada e o gênio. Dúvidas quanto à filologia.
A vontade de estilo. Primeiro encontro com Wagner.
Capítulo 4
O torvelinho do ser. O nascimento do ‘Nascimento da
Tragédia’. Crueldade no fundo. Nietzsche na guerra.
Escravos. Pensamento moral vs. pensamento estético.
Medo da insurreição. Olhar no segredo do funcionamento
da cultura. Imagens luminosas e ofuscamento
diante do Inaudito. Sabedoria dionisíaca.
Capítulo 5
Nietzsche e Wagner: trabalho conjunto no mito. Romantismo
e revolução cultural. O ‘Anel’. Nietzsche trabalha
no mestre. O retorno de Dioniso. Visões de fim, e o
‘cume do encantamento’. Desilusão em Bayreuth.
Capítulo 6
Os espíritos da época. O pensamento em casas de trabalhos.
Os grandes desencantamentos.
As ‘Considerações Extemporâneas’.
Contra materialismo e historicismo.
Ímpetos de libertação, e tratamento de desintoxicação.
Com Max Stirner e para além dele.
Capítulo 7
Despedida de Wagner. Sócrates não desprende. A força
curativa universal do saber. Crueldades necessárias.
A tentativa com o frio. Átomos caindo no espaço vazio.
‘Humano, Demasiado Humano’.
Capítulo 8
‘Humano, Demasiado Humano’. Química dos conceitos.
Negação lógica do mundo e pragmatismo capaz de vida.
O Inaudito do social. Compaixão. Naturalismo divertido.
Crítica da Metafísica. O enigma do Ser incognoscente.
Causalidade em lugar de liberdade.
Capítulo 9
O professor se despede. O pensar, o corpo, a linguagem.
Paul Reé. De ‘Humano, Demasiado Humano’ a ‘Aurora’.
Os fundamentos amorais da Moral.
Atos iconoclastas.
Religião e arte no banco de ensaios.
O sistema bicameral da cultura.
Capítulo 10
‘Aurora’. Verdade ou amor? Duvidando da Filosofia.
Nietzsche como fenomenólogo. O prazer do conhecimento.
O Colombo do mundo interior. As fronteiras da linguagem e
as fronteiras do mundo. A grande inspiração
no penhasco de Surley.
Capítulo 11
Pensamento cósmico em Sils Maria.
Natureza desumanizada.
Cálculos sublimes. A doutrina do eterno retorno.
O santo Janeiro em Gênova.
Dias felizes, Gaia Ciência. Messina.
Capítulo 12
Homoerotismo. O Dioniso sexual. A história com Lou Salomé.
Zaratustra como baluarte. Humano e além-do-humano.
O mal-entendido darwinista. Fantasias de destruição.
‘Como estou farto de posturas e palavras trágicas’.
Capítulo 13
Mais uma vez Zaratustra. O fácil que é tão difícil.
A vontade de amor e a Vontade de poder. Primórdios e evolução.
A violência e o jogo do mundo. O problema aberto:
autodesenvolvimento e solidariedade.
Desvios no caminho para a obra principal não-escrita:
‘Para Além de Bem e Mal’ e
‘Sobre a Genealogia da Moral’.
Capítulo 14
O último ano. Pensar sobre sua vida. Pensar em sua vida.
O sorriso dos áugures. Fatalidade e alegria.
O silêncio do mar. O final em Turim.
Capítulo 15
A nobre podridão da Europa descobre Nietzsche. Conjuntura da filosofia da vida. A vivência de Nietzsche de Thomas Mann. Bergson, Max Scheler, Georg Simmel. Zaratustra na guerra. Ernst Bertram e Cavaleiro, Morte e Diabo. Alfred Baeumler e o Nietzsche heraclítico. Antissemitismo.
A propos de l’auteur
Rüdiger Safranski mora em Berlim e é autor também de ‘Schopenhauer e os anos selvagens da filosofia’ e ‘Heidegger – um mestre da Alemanha entre o bem e o mal’, publicado pela Geração.