Sentei-me na casa da fazenda em frente ao fogo aberto e li o arquivo de Vivienne Fernandez.
Aos 24 anos, ela residia em Londres, onde, antes da SOE recrutá-la, ela era uma telefonista. Multilíngue, ela gostava de ginástica – como Mimi – ciclismo, patinação no gelo e costura. Seus avaliadores também notaram que ela adorava festejar.
Eu a conheci do avião e notei sua elegância e graça. Ela era elegante, bonita – o pacote completo. O ciúme deveria ter levantado a cabeça feia. Em vez disso, sorri com aquela lembrança recente; gostei dela.
O marido francês de Vivienne morreu lutando pelos franceses livres no Senegal. Ela deixou uma filha de dois anos em casa, com cuidadores de crianças. Pai e filha nunca se conheceram. Isso foi triste, e muito familiar.
A mãe de Vivienne era inglesa, o pai francês. Eles viveram na fronteira franco-espanhola e, quando os nazistas invadiram, escaparam pelos Pirenéus. Era uma rota que eu conhecia bem.
Rasguei o arquivo de Vivienne em tiras e o coloquei no fogo. Em segundos, eles se transformaram em cinzas, consumidos pelas chamas laranja.
Eu me perguntava o que Guy acharia disso. Eu descobriria seus pensamentos em breve, quando ele voltasse da costa. Eu me perguntei como ela se encaixaria na nossa equipe. Como uma substituta de curto prazo para Mimi, eu não previ nenhum problema.
Em retrospecto, considero essa avaliação um enorme erro.
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