Duas vezes em meados do século XVI, o mercenário e arcabuzeiro alemão Hans Staden aportou nas costas do recém-descoberto Brasil, e viveu para contar o que viu: paisagens virgens, riquezas inexploradas e a prática ritual do canibalismo, do qual por muito pouco não foi vítima. O livro com o seu relato foi publicado em 1557, em Marburgo, Alemanha, ilustrado por xilogravuras anônimas (reproduzidas nesta edição) baseadas nas suas descrições, e imediatamente tornou-se um best-seller em toda Europa. Trata-se, junto à Carta de Pero Vaz de Caminha, de umas das primeiríssimas reportagens realizadas sobre os povos que viviam no que viria a ser o Brasil, um eletrizante relato feito por, como diz Eduardo Bueno no prefácio, ‘um estrangeiro em um mundo estranho’.
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Hans Staden (Homberg, c.1524-Wolfhagen, c.1576) foi um aventureiro mercenário alemão. São escassos os dados sobre a vida de Hans Staden, que empreendeu duas viagens ao Brasil em meados do século XVI.