Um escritor que, no dia do seu aniversário, de repente se descobre dentro de um conflito. O cenário é o Brasil de 1966, dois anos depois do golpe militar e quase véspera do AI-5. Sim, Carlos Heitor Cony estava atento à direção dos ventos, à nova situação climática que enfrentaria, como poucos, na linha de frente — tanto como cronista engajado quanto como romancista, sobretudo quando escreveu este Pessach: A travessia, um de seus livros mais famosos.
लेखक के बारे में
CARLOS HEITOR CONY nasceu no Rio de Janeiro em 1926. Estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida, com os romances A verdade de cada dia e Tijolo de segurança. Considerado um dos maiores expoentes do romance neorrealista brasileiro, Cony também se dedicou com sucesso a outros gêneros: da crônica aos ensaios, das adaptações de clássicos aos contos. Trabalhou na imprensa a partir de 1952, ano em que entrou no Jornal do Brasil. Mais tarde foi para o Correio da Manhã, do qual foi redator, cronista e editor. Era colunista da Folha de S.Paulo e comentarista da rádio CBN quando faleceu, no início de 2018. Ganhou em quatro ocasiões o Prêmio Jabuti na categoria Romance, duas vezes o Prêmio Livro do Ano da Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio Nacional Nestlé de Literatura. Em 1998, foi condecorado pelo governo francês com a L’Ordre des Arts et des Lettres. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em março de 2000.