Nesta coletânea de sete conferências apresentadas nos últimos dez anos em eventos literários, universidades e na Academia Brasileira de Letras, e revisadas especialmente para esta edição, Cristovão Tezza discute a criação literária sob uma ampla gama de temas, que abarcam desde a relação da literatura com a psicanálise até as fronteiras entre a ficção, a biografia e o ensaio.
Em linguagem clara e pontuada pelo humor, com um rigor conceitual que passa longe do jargão acadêmico, o premiado autor do romance O filho eterno fala de seu processo criativo, das origens de seu desejo de se tornar escritor, dos pressupostos éticos da literatura, do sentido da ficção no mundo contemporâneo e das contingências históricas, políticas e culturais de sua geração.
Depoimento:
‘Temos aqui lembranças do romancista, consagrado mas sem ilusões, e percepções do analista – o minucioso desfazimento crítico de fantasias é uma das tônicas do conjunto, que pensa sobre o Brasil ao estudar a vida de um escritor, em brilhante e raro exercício de autoexame. Escritor maduro, que enfrenta as limitações da vida e da arte com firmeza e inteligência, Tezza oferece, aqui, o raro espetáculo do ensaio, esta forma fluida que sempre escapa da definição pela porta dos fundos, pelo buraco da fechadura com que se tenta embretá-la.’ Luís Augusto Fischer
* Edição digital acompanha entrevista exclusiva com o autor sobre a obra.
विषयसूची
– Literatura à margem
– História de escritor
– A criação literária
– Literatura e Psicanálise
– Descaminhos da criação literária
– Literatura e autorrepresentação
– Literatura e biografia
लेखक के बारे में
Cristovão Tezza nasceu em Lages, Santa Catarina, e vive em Curitiba há muitos anos. Ficcionista que já recebeu os mais importantes prêmios literários do Brasil e foi publicado em uma dezena de países, escreveu, entre outros, os romances O filho eterno, O fotógrafo e Um erro emocional. Na área acadêmica, publicou o ensaio Entre a prosa e a poesia – Bakhtin e o formalismo russo, sua tese de doutorado, defendida na USP. Durante vinte anos foi professor da área de Letras na Universidade Federal do Paraná, de onde se demitiu em 2010 para dedicar-se exclusivamente à literatura. É colunista do jornal Folha de S. Paulo.