Este escrito é de máxima importância para todos os estudiosos das ciências ocultas, por isso ao preparar a edição brasileira, fui pesquisar as edições existentes em outras línguas, e encontrei a da Philosophical Research Society, a mais completa. Acrescentam-se as imagens das 12 seções do caminho iniciático.
Como hoje as atenções se voltam novamente para a figura enigmática do conde de Saint-Germain, a Barany Editora brinda seus leitores com a republicação desta tradução de 2003, extremamente cuidadosa, do texto original em francês, junto com uma introdução histórica e o trabalho raro de decodificação dos criptogramas feito pelo doutor Edward C. Getsinger, eminente autoridade em alfabetos e línguas antigas, comentado e elaborado por Manly P. Hall.
Para o leitor que está se familiarizando com o assunto, este adendo é de inestimável valor para conseguir enxergar a beleza escondida no escrito. Aquele que já se debruça há algum tempo sobre os significados ocultos, poderá desfrutar de novos vislumbres e articular ligações.
O texto em si não é longo, trazendo, em 96 páginas do manuscrito original em francês, a descrição do caminho iniciático.
लेखक के बारे में
O enigmático personagem Conde Saint-Germain, (1696 ? – 1784 ?) o grande iluminista e rosacruz, foi a maior força por trás do movimento que culminou na Revolução Francesa e que hoje inspira vários grupos da Nova Era e do Raio Violeta. Depoimentos da época o descrevem dotado de poderes incomuns, com uma aparência sempre jovem ao longo de mais de um século.
Na sua excelente monografia, The Comte de St.Germain, the Secret of Kings, a senhora Cooper-Oakley lista os nomes mais importantes sob os quais esta pessoa espantosa se disfarçou entre os anos 1710 e 1822. ‘Durante esse tempo’, escreve ela, ‘temos M. de Saint-Germain como o marquês de Montferrat, conde Bellamarre ou Aymar em Veneza, chevalier Schoening em Pisa, chevalier Weldon em Milão e Leipzig, conde Soltikoff em Geneva e Leghorn, graf Tzarogy em Schwalback e Triesdorf, príncipe Ragotzky em Dresden, e conde de Saint-Germain em Paris, Hague, Londres e São Petersburgo.’
O conde de Saint-Germain é descrito como tendo altura mediana, corpo bem proporcionado. e traços regulares e agradáveis. Ele era moreno e seu cabelo escuro, embora frequentemente empoado. Vestia-se com simplicidade, usualmente de preto, mas suas roupas tinham bom corte e eram da melhor qualidade. Seus olhos possuíam um grande fascínio e aqueles que se fixavam neles eram profundamente influenciados.
Reconhecido como um estudioso e linguista eminente da época, ‘erudito’, escreve um autor, ‘falando cada língua civilizada admiravelmente, um grande músico, um excelente químico, ele desempenhava o papel de prodígio à perfeição.’
Por meio de algo como a telepatia, esta pessoa notável era capaz de sentir quando sua presença era necessária em alguma cidade ou estado distante e foi até registrado que ele tinha o hábito desconcertante de aparecer em seus alojamentos e nos de seus amigos sem recorrer ao uso convencional da porta.
Como historiador, o conde possuía um conhecimento preciso de todos os fatos dos dois mil anos anteriores e, em suas lembranças, descrevia nos mínimos detalhes os fatos dos séculos precedentes nos quais desempenhara papéis importantes.
Seus hábitos peculiares com relação à alimentação, a dieta, combinada com seu maravilhoso elixir, que constituía o verdadeiro segredo da longevidade e, embora convidado aos mais suntuosos banquetes, recusava-se terminantemente a comer qualquer alimento que não fosse especialmente preparado para ele e de acordo com suas receitas.
Como crítico de arte, Saint-Germain podia detectar instantaneamente as falsificações mais bem forjadas. Ele mesmo pintava bastante, conseguindo uma cor incrivelmente luminosa.
Estando em termos bem amigáveis com Luís XV, mantinha longas discussões sobre o tema de pedras preciosas, sua fabricação e purificação. Luís ficava espantado e entusiasmado. Jamais uma pessoa tão extraordinária havia pisado os recintos sagrados de Versalhes.
Uma evidência não menos admirável do gênio do conde era sua compreensão penetrante da situação política da Europa, e a habilidade evidente com a qual conseguia a confiança de seus adversários diplomáticos. Em todas as ocasiões, tinha credenciais que lhe davam entrada nos mais exclusivos círculos da nobreza europeia. Durante o reinado de Pedro, o Grande, Saint-Germain estava na Rússia, e entre os anos 1737 e 1742, na corte do Xá da Pérsia como hóspede honrado.
No campo da música, foi um mestre. Em Versalhes, dava concertos de violino e, ao menos numa ocasião, regeu uma orquestra sinfônica sem a partitura. Em Paris, Saint-Germain foi o diplomata e o alquimista, em Londres foi o músico.
O conde de Saint-Germain desapareceu do palco do misticismo francês tão repentinamente e inexplicavelmente como havia aparecido. Nada se sabe com certeza depois desse desaparecimento. Morreu numa data divulgada como sendo 1784.