O livro faz uma reflexão sobre o estado de incerteza do mundo atual. A imagem do nevoeiro é um elemento crucial na arte e na arquitetura contemporâneas – das obras de Olafur Eliasson e dos tornados perseguidos por Francis Alys às arquiteturas efêmeras e performáticas, como o ‘Blur building’, de Diller Scofidio, feito para a Expo’2002. Ela define também a consistência leitosa e enigmática de muitas das fachadas de edifícios contemporâneos, feitas com vidro serigrafado, jateado, ou placas de policarbonato. O nevoeiro é, além de tudo, uma metáfora crucial para se pensar a transformação do cotidiano pela tecnologia e o incessante movimento do capital financeiro pelo mundo, que se dá também em ‘nuvens’.
Tentang Penulis
Guilherme Wisnik é professor de História da Arte na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. É autor de livros como Lucio Costa (Cosac Naify, 2001) e Estado crítico: à deriva nas cidades (Publifolha, 2009). Publicou artigos e ensaios tais como ‘Brasília: the city as sculpture’ (O desejo da forma, Berlin Akademie der Künste, 2010), ‘Public space on the run: brazilian art and architecture at the end of the 60’s’ (Third Text #14, Londres, 2012), ‘Minusvalía como lucro’ (Cildo Meireles, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, 2013), ‘Michael Wesely: assombroso mundo novo’ (Zum #10, IMS, 2016) e ‘Tropicália/tropicalismo: the power of multiplicity’ (Hélio Oiticica, Carnegie Museum of Art, Pittsburgh, 2016). É membro da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, da LASA – Latin American Studies Association, e Vice-Diretor do Centro Universitário Maria Antônia (USP). Crítico de arte e arquitetura, foi curador do projeto de arte pública Margem (Itaú Cultural, 2008-10), das exposições Cildo Meireles: rio oir (Itaú Cultural, 2011) e Paulo Mendes da Rocha: a natureza como projeto (Museu Vale, 2012). Foi o Curador Geral da 10a Bienal de Arquitetura de São Paulo (2013).