O último verão de Klingsor reúne contos escritos independentemente, mas que se conectam por um tema comum: a angústia. Neste livro, o vencedor do Nobel de Literatura Hermann Hesse aborda os sentimentos de angústia e culpa em três fases da vida; a infância, a meia-idade e a velhice.
O último verão de Klingsor é a reunião de três pequenas obras-primas escritas na mesma época em que Hermann Hesse produziu duas de suas mais celebradas criações — Demian e Sidarta. No primeiro conto, ‘Alma de criança’, o autor explora a gênese do sentimento de culpa e da angústia através do relato das emoções de um garoto em relação ao pai.
No segundo conto, ‘Klein e Wagner’, vemos um mergulho ainda mais profundo nos temas já abordados na primeira narrativa, com uma história complexa de crime, castigo e redenção.
Já em ‘O último verão de Klingsor’, Hesse nos proporciona uma alegoria repleta de discussões sobre o amor, a representação do mundo, a arte, a posteridade e a magia. Ele narra os últimos meses de vida de um pintor expressionista, considerado por muitos como um retrato literário da natureza do escritor. É um ponto de partida para um relato que une a sabedoria de poetas chineses com a angústia de um artista diante das vicissitudes de sua vida e do legado de sua obra.
Tentang Penulis
Hermann Hesse nasceu em Calw, na Alemanha, em 1877. Começou a vida profissional como livreiro, mas idealizando uma carreira literária, que de fato iniciou muito cedo, aos 21 anos, quando publicou suas primeiras poesias. A chamada ‘primeira fase’ do escritor se estende até Knulp (1915), produzindo nesse período romances de grande valor, como Peter Camenzind (1904), Gertrud (1910) e Rosshalde (1914). Demian foi publicado logo depois da Primeira Guerra Mundial, em 1919. Em protesto contra o militarismo germânico, Hermann Hesse era então um residente permanente da Suíça e sem dúvida figurava ao lado dos maiores ícones da literatura em idioma alemão. A profunda humanidade e a penetrante filosofia que impregnam seus livros foram confirmadas em obras-primas que produziu posteriormente, entre outras Sidarta (1922), O Lobo da Estepe (1927) e Narciso e Goldmund (1930), que com seus poemas, contos e um considerável número de trabalhos de crítica valeram-lhe um lugar muito especial entre os pensadores contemporâneos. Em 1946 ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Hermann Hesse faleceu em 1962, pouco depois da passagem do seu 85º aniversário.