Corydon é o título de um conjunto de ensaios por André Gide sobre a homossexualidade. O texto foi publicado separadamente entre 1911 e 1920, e o livro completo apenas teve a sua primeira edição em francês em 1924. Os ensaios fazem uso do testemunho de naturalistas, historiadores, poetas e filósofos para suportar o argumento de Gide de que a homossexualidade existia nas civilizações culturalmente e artisticamente mais avançadas (como na Grécia de Péricles, na Renascença italiana e na Inglaterra isabelina), o que se refletia em escritores e artistas de Homero e Virgílio a Ticiano e Shakespeare nas suas representações das relações homem-homem de forma não platônica ou de amizade, como outros as proclamaram. Corydon, assim como seu autor, sofreu fortíssimas reações da conservadora sociedade da época, mas que o autor fez, foi simplesmente discutir abertamente o tema Homossexualismo em termos sociológicos e históricos.Corydon é um livro profundo que merece ser lido, independentemente da visão do leitor sobre o assunto homossexualismo.
Circa l’autore
André Paul Guillaume Gide (Paris, 22 de novembro de 1869 — Paris, 19 de fevereiro de 1951) foi um escritor francês que recebeu o Nobel de Literatura de 1947.
Oriundo de uma família da alta burguesia, foi o fundador da Editora Gallimard e da revista Nouvelle Revue Française. Gide era homossexual assumido e falava abertamente em favor dos direitos dos homossexuais, tendo escrito e publicado, entre 1910 e 1924, um livro destinado a combater os preconceitos homofóbicos da sociedade de seu tempo chamado Córydon.
Liberdade e libertação recusando restrições morais e puritanas, a sua obra articula-se ao redor da busca permanente da honestidade intelectual: como ser igual a si mesmo, ao ponto de assumir a sua homossexualidade. Entre as suas obras mais importantes estão Os Frutos da Terra, A Sinfonia Pastoral, O Imoralista e Os Moedeiros Falsos, além da mais polêmica de todas: Corydon.