Com uma bem escalada seleção de autores, que reúne mitos do porte de João Antônio a craques contemporâneos como Domingos Pellegrini, Daniel Piza e José Roberto Torero, este livro celebra o ‘esporte das paixões’ com o que há de melhor no conto brasileiro. É um conjunto para agitar as emoções do leitor, conduzindo-o do riso irônico à apreensão do suspense, refletindo sobre a perenidade de nossa paixão nacional e seus efeitos específi cos sobre os protagonistas de cada narrativa. Premiados escritores, como Miguel Sanches Neto, Luiz Galdino, Lourenço Cazarré, Ricardo Soares, Wladyr Nader, Antonio Carlos Olivieri e Wladimir Catanzaro, completam o escrete que tece as tramas e as fintas da ficção aqui reunida. Cada um a seu modo, desenvolvem jogadas narrativas surpreendentes e revelam que a literatura é definitivamente um instrumento capaz de traduzir os símbolos e as sensações do imaginário brasileiro. Do primeiro ao último conto, com suas tramas ímpares, heroicas, picarescas ou trágicas, 11 histórias de futebol vai levar o leitor a vibrar como nas grandes partidas.
Circa l’autore
Antonio Carlos Olivieri é do Rio de Janeiro, nasceu em 1957, mudou-se para cidade de São Paulo aos 4 anos e aí ficou até 2003, quando se mudou para o interior do Estado. Formado em Letras pela USP, exerceu o magistério, mas optou pelo jornalismo. Trabalhou em redações e como assessor de imprensa. É autor de livros de ficção e paradidáticos. Atualmente, dirige a Página 3 Pedagogia & Comunicação que desenvolve trabalhos no UOL e na Internet de modo geral.
Daniel Piza é jornalista, tradutor e escritor. É editor-executivo e colunista cultural e esportivo de O Estado de S. Paulo e colaborador de revistas como Bravo!, Continente e Entrelivros. É autor de doze livros, entre eles Questão de Gosto — Ensaios e Resenhas (Record, 2000), Ora, Bolas — Da Copa ao Penta (Nova Alexandria, 2003) e Machado de Assis — Um Gênio Brasileiro (Imprensa Oficial, 2005). Seu site pessoal é www.danielpiza. com.br. Nasceu e vive em São Paulo, é casado e tem três filhos.
Domingos Pellegrini nasceu em 1949, em Londrina (PR). Ainda criança, teve contato com os clássicos da literatura e com os ‘causos’ de diversos tipos sociais da época. Em 1977, publica sua primeira reunião de contos, O Homem Vermelho (Prêmio Jabuti). Entre as várias coletâneas de contos, destacam-se Paixões, Os Meninos Crescem e Bicho-Gente. O romance O Caso da Chácara Chão (2001) lhe vale o segundo Jabuti.
João Antônio (1937-1996) nasceu em São Paulo. Publicou seus primeiros textos no jornal infantojuvenil O Crisol (1949). Em 1963, com Malagueta, Perus e Bacanaço, recebeu o Prêmio Fábio Prado e dois prêmios Jabuti. Trabalhou, nos anos 60, no Jornal do Brasil e na revista Realidade. Teve diversas obras premiadas e traduzidas para vários idiomas. Em 1996, publicou Patuleia, Sete Vezes Rua e Dama do Encantado, pela Nova Alexandria.
José Roberto Torero nasceu em Santos (SP), em 1963. Formou-se em Letras e Jornalismo pela USP. É roteirista de longas e diretor de curtas-metragens. Seu romance de estreia, O Chalaça (Prêmio Jabuti, 1995), foi eleito o livro do ano pela Câmara Brasileira do Livro. É autor de Terra Papagalli e Xadrez, Truco e Outras Guerras, romance sobre a ira (coleção Plenos Pecados). Atualmente é colunista da Folha de S. Paulo.
Luiz Galdino é paulista de Caçapava. Publicou contos, romances e uma novela, entre os quais Urutu Cruzeiro (Prêmio Nacional do Clube do Livro), O Príncipe da Pedra Verde (Prêmio Literário Nacional), A Missa do Diabo (Prêmio Fernando Chinaglia) e A Noite do Enforcado. É autor de obras para o público infantojuvenil, como Um Índio Chamado Esperança e Sacici Siriri Sici, publicadas pela Nova Alexandria.
Lourenço Cazarré nasceu em 1953 no Rio Grande do Sul. É jornalista e autor de mais de 30 obras, entre novelas juvenis, livros de contos e romances. Recebeu diversos prêmios literários, dentre eles o Jabuti, em 1998. Na literatura adulta, seus principais trabalhos são O Caleidoscópio e a Ampulheta, Enfeitiçados todos nós, Os Bons e os Justos e Noturnos da Morte.
Miguel Sanches Neto nasceu em Bela Vista do Paraíso (PR), em 1965. Ficcionista e poeta, assina os romances Chove sobre Minha Infância (2000) e Um Amor Anarquista (2005). Em 2002, ganha o Prêmio Cruz e Souza, por Hóspede Secreto. Publica a coletânea de crônicas Herdando uma Biblioteca (2004) e o livro de poemas Venho de um País Obscuro (2005). Recebe, em 2005, o Prêmio Binacional de Artes Brasil-Argentina.
Ricardo Soares é escritor, diretor de TV e jornalista. Dirige documentários para a TV Cultura de São Paulo. Desde 1998, é diretor e apresentador dos programas Literatura e Mundo da Literatura, da Rede Sesc Senac de televisão. Publicou romances infantojuvenis, como Valentão e Dia de Submarino, e o romance adulto, Cinevertigem (2005). Foi cronista de O Estado de S. Paulo e do Jornal da Tarde.