Internacionalmente conhecido, A Escrava Isaura foi adaptado para TV e para o cinema. Segundo o escritor Érico Veríssimo, ‘é a única contribuição em prosa do Romantismo à causa da abolição’, razão pela qual causou enorme polêmica na época de seu lançamento, 1875, por expor as hediondas condições do regime escravocrata e os problemas sociais e humanos dele resultantes.
Bernardo Guimarães é o criador do romance sertanejo e regional, e com este livro conquistou o público feminino.
Circa l’autore
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães (1825-1884) foi um magistrado, jornalista, professor, romancista e poeta brasileiro. Nasceu em Ouro Preto e estudou na Academia de Direito de São Paulo, onde se tornou amigo de Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa. Guimarães publicou Cantos da solidão em 1852 e atuou como juiz municipal em Catalão, promovendo um júri sumário para libertar os presos da cidade. Além disso, se dedicou ao jornalismo e à crítica literária. Em 1864-1865, no Rio de Janeiro, publicou o volume Poesias e conviveu com Machado de Assis. Em 1866, tornou-se professor de retórica e poética em Ouro Preto, e depois professor de latim e francês em Queluz. Em 1869, lançou o romance O ermitão de Muquém, e em 1875, publicou seu trabalho mais famoso, A escrava Isaura, que aborda a questão da abolição da escravidão. Guimarães foi admirado pelo imperador dom Pedro II e homenageado por ele em 1881. Era casado com Teresa Maria Gomes e teve oito filhos.