Publicada em 1958, Antropologia estrutural pode ser considerada obra fundadora de uma das mais influentes vertentes do pensamento do século XX: o estruturalismo francês. No clássico, Lévi-Strauss propõe um empréstimo das teorias estruturalistas de Roman Jakobson, linguista que conheceu nos Estados Unidos, para uma renovação do método antropológico.
Na coletânea de 17 textos, o autor faz relações de seu campo com a linguística, a psicanálise e a arte, além de analisar o ensino da disciplina. Com uma forte ênfase nas formas simbólicas produzidas pelo homem em diferentes culturas, o autor renovou sua disciplina e o modo de pensar temas clássicos como parentesco, mitologia e identidade. Entre os ensaios mais conhecidos estão aqui ‘História e etnologia’, ‘A eficácia simbólica’ e ‘A estrutura dos mitos’.
Circa l’autore
CLAUDE LÉVI-STRAUSS nasceu em 28 de novembro de 1908. Formou-se em Direito e Filosofia na Sorbonne. Aos 26 anos tornou-se um dos primeiros professores da recém-criada Universidade de São Paulo. No período em que esteve no Brasil (1934-35), fez expedições entre os Bororo, os Kadiwéu e os Nambikwara, mais tarde recontadas em Tristes trópicos (1955). Em 1959 ingressou no Collège de France, onde fundou o Laboratoire d’Anthropologie Sociale. Foi um dos criadores da revista L’Homme (1961). Em 1973 passou a fazer parte da Academia Francesa. Publicou, entre outros clássicos, As estruturas elementares do parentesco (1949), O pensamento selvagem (1962) e as Mitológicas (1964-71). Em 2008 teve sua obra incluída na coleção Pléiade, da editora Gallimard. Faleceu em Paris, em 2009.