A Relíquia é um romance realista, publicado pela primeira vez em 1887.
Nesta obra, Eça de Queirós coloca em questão a religiosidade de um país profundamente católico, como lhe parecia Portugal.
O bacharel Teodorico Raposo, para cair nas graças de sua rica tia Maria do Patrocínio, passa a fingir uma grande devoção religiosa que encobre sua vida libertina.
Dessa forma, pretende satisfazer às carolices da tia e obter sua herança. Uma inesperada viagem à terra santa de Jerusalém, entretanto, trará uma reviravolta aos planos de Teodorico.
Autor de Os maias, O primo Basílio e O crime do padre Amaro, entre outros clássicos da literatura portuguesa, Eça compôs em A Relíquia uma obra polêmica, de forte crítica social, e ainda assim recheada de humor.
Circa l’autore
José Maria de Eça de Queirós é um dos mais importantes escritores portugueses. Seus primeiros trabalhos lançados na revista Gazeta de Portugal foram organizados em um livro publicado postumamente com o título de Prosas bárbaras. Licenciado em Direito, exerceu a advocacia e o jornalismo. Foi diretor do periódico O Distrito de Évora e colaborou em diversas outras publicações. Ingressou na administração pública e, enquanto permaneceu na cidade, escreveu a sua primeira novela realista, O crime do padre Amaro, lançada em 1875. Em 1873 foi nomeado cônsul de Portugal em Havana. É autor de romances de reconhecida importância, entre eles, O crime do padre Amaro, A ilustre casa de Ramires, O primo Basílio, O mandarim, A relíquia, Os maias, Correspondência de Fradique Mendes, A capital, entre outros. Seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente vinte idiomas. Morreu em agosto de 1900 em sua casa, em Neuilly-sur-Seine, perto de Paris.
Maíra Lot Micales é editora de livros há dez anos, tendo editado mais de trezentas obras. Filha de livreiros, é defensora ferrenha do livro como instrumento para formação e engrandecimento pessoal, desde os primeiros anos de vida. Mãe de dois filhos, formada em Administração de Empresas pela EASP-FGV e pela HEC-Paris, com especialização em Negociação pela FGV, atuou por vários anos na gestão do Museu de Arte Moderna de São Paulo e da CASACOR, sempre lidando com bens culturais. Como mãe, adora inventar histórias como forma de transmitir mensagens educativas a seus filhos.