Considerado um dos poemas mais importantes da língua portuguesa, Marília de Dirceufoi publicado em 1792 pelo poeta português Tomás Antônio Gonzaga.
Neste ano, o autor havia partido para o exílio em Moçambique, e é dito que os poemas foram inspirados em seu amor pela brasileira Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão.
A obra está inserida no movimento do Arcadismo, uma escola literária marcada pela exaltação da natureza e da vida simples no campo.
Esse movimento guarda relações com as ideias iluministas, como o conceito da figura do bom selvagem de Jean-Jacques Rousseau, em oposição a uma emergente burguesia europeia.
Edição com texto integral. Inclui notas explicativas para os termos não usuais.
Circa l’autore
Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), além de poeta, foi jurista e ativista político. Nascido em Portugal, mudou-se com o pai brasileiro para o estado de Pernambuco, no Brasil, em seu primeiro ano de vida. Formado em Direito, exerceu o cargo de juiz na cidade de Beja, em Portugal, e de ouvidor na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, no Brasil. Foi nessa época que se envolveu na Inconfidência Mineira. Acusado de conspiração, foi preso em 1789 e ficou encarcerado durante três anos. Após a conversão de sua pena para degredo, foi enviado para Moçambique, na África Oriental, onde permaneceu até sua morte.
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