RELATOS DA CIDADE EM QUARENTENA, POR QUEM ESTEVE NA LINHA DE FRENTE.
Era o início de 2020…
Depois que o governo de seu país impôs um bloqueio em Wuhan, a aclamada escritora chinesa Fang Fang começou a publicar um diário on-line. Nos dias e semanas que se seguiram, as mensagens noturnas de Fang deram voz aos medos, frustrações, raiva e esperança a milhões de cidadãos. Ela refletia sobre o impacto psicológico do isolamento forçado, o papel da internet como meio de comunicação, mas também fonte de desinformação e, tragicamente, sobre a perda de vizinhos e amigos levados pelo vírus que abalou todas as nações.
Um testemunho fascinante dos eventos à medida que eles se desenrolaram, este livro captura os desafios da vida cotidiana e o clima de pânico numa quarentena sem informações confiáveis. Fang, também sob clausura forçada, é inspirada a continuar a escrever pela coragem de amigos, profissionais de saúde e voluntários.
Ao reivindicar o dever de registrar os fatos, ela também se manifesta contra a injustiça social, abuso de poder e outros problemas que tornaram a epidemia uma catástrofe.
Enquanto a autora documenta, em tempo real o início da crise, somos capazes de identificar padrões e erros que estão sendo repetidos em todo o planeta.
‘MISTURANDO O ÍNTIMO E O ÉPICO, O PROFUNDO E O COTIDIANO, ESTE É O REGISTRO NOTÁVEL DE UM TEMPO EXTRAORDINÁRIO.’
Circa l’autore
FANG FANG é o pseudônimo de Wang Fang, escritora chinesa premiada. Nasceu em Nanjing, província de Jiangsu e foi para a Universidade Wuhan em 1978 para estudar literatura chinesa. Em 1975, começou a escrever poesia; em 1982, lançou seu primeiro romance e em 1987, lançou sua obra-prima ‘Feng Jing’, conquistando inúmeros prêmios. Ao ser confinada, Fang resolveu mostrar os impactos da pandemia, fato que a fez ser perseguida pelo governo, que escalou milhares de pessoas para desacreditar seus relatos e a qualidade de sua escrita.