Em Genealogia da Moral, Nietzsche faz uma análise das palavras bom e mau e questiona se esses conceitos não teriam sido inventados pelos que se consideram superiores e são dominantes, justamente para escravizar os mais vulneráveis. Etimologicamente, ele disseca as palavras tanto em alemão como em latim e estuda as origens da moralidade na história do homem e sua aplicação em todos os atos do ser humano. É um livro que dá continuidade a uma obra anterior: Além do bem e do mal. Entende que saber o significado das palavras e conhecer a história de sua evolução é a única forma de compreender a moral e os valores. Entre os livros de Nietzsche, este é o mais estudado nos meios acadêmicos, tema de maior número de teses, talvez porque procura responder de forma direta os questionamentos mais polêmicos da humanidade.
Circa l’autore
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Röcken, Alemanha, em 1844. Órfão de pai aos 5 anos, foi instruído pela mãe nos rígidos princípios da religião cristã. Lecionou Filologia na Universidade de Basileia, na Suíça, de 1868 a 1879, ano em que deixou a cátedra por doença. A sífilis, contraída em 1866, o impediu de se casar com seu grande amor, Lou Andreas Salomé, e o levou à solidão. Atingido por crises de loucura em 1889, passou os últimos anos de sua vida recluso, vindo a falecer em 1900, em Weimar.
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